Zetti critica Denis em estreia como comentarista de goleiros: “falhou”

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Estreando nesta segunda (21) como comentarista de goleiros da ESPN Brasil, Zetti não perdoou o atual camisa 1 do São Paulo no lance do gol que sofreu em empate por 1 a 1 do Tricolor com o Ituano, pelo Campeonato Paulista. “O Denis mandou eu pegar leve com os goleiros, mas falhou”, opinou o ex-goleiro no programa Bate-Bola Bom Dia.

“Isso vem de uma insegurança. Contra o River ele saiu socando uma bola na área e acabou errando, a bola bateu na cabeça do zagueiro e entrou. E isso faz com que no próximo jogo acabe perdendo essa colocação em campo. Cê vê que ele tenta, dá duas passadas pra frente, pra fazer esse movimento de sair na bola, e recua. Isso é o poder decisão do goleiro. Ali é ele, essa decisão deveria ter tomado, mesmo que errasse novamente. Mas ali era uma bola defensável, talvez até para segurar”, analisou.

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“Acho que essa falta de confiança por ter já sofrido um gol na rodada anterior, e comprometeu a equipe naquele jogo, essa insegurança e o medo. Goleiro tem medo, também, e quando tem medo, você não reage. A gente escuta, até de treinador: ‘na dúvida, fica no gol’. Eu acho que não pode ter dúvida. Goleiro tem que ter essa decisão. Sai pra fazer a defesa, erra, mas [diz]: ‘olha, eu fiz o que deveria era pra ter feito, mas não consegui evitar o gol’. [Melhor] do que ficar dentro do gol e facilitar pro atacante”, seguiu com a avaliação, Zetti.

E finalizou a análise na sua nova função na TV: “quando o goleiro toma a iniciativa e vai pra frente, diminui o ângulo [do atacante], e quando dá a passada pra trás, perde essa força de reação. Você pode ver que qualquer goleiro quando recua, ele não consegue saltar, e o Denis caiu pra dentro do gol. A bola bate nele ainda, mas já não consegue evitar. É uma bola defensável e que ele tem que ter essa reação de sair do gol.”

Ainda no programa, o ex-goleiro, agora comentarista da posição, elogiou o goleiro Diego Alves, convocado por Dunga para os jogos contra Uruguai e Paraguai, pelas Eliminatórias Sul-Americanas à Copa de 2018.

“Eu posso falar, porque foi um goleiro que eu tive a oportunidade de trabalhar no Atlético-MG. Excelente, me lembra muito o Taffarel. Não é tão alto, mas é rápido, ágil e seguro no gol, tem uma colocação muito boa. Acho que as oportunidades na seleção foram interrompidas com várias contusões, mas é um grande goleiro, experiente, tá jogando há muito tempo na Europa. Ele teria hoje essa oportunidade de jogar [na seleção], mas o que fez o Alisson. Contra a Argentina, se saiu muito bem e foi seguro. Mas na minha opinião o Diego Alves seria o grande nome pra começar e voltar a jogar na seleção brasileira”, comentou.

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