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Volante foi visto torcendo pelo São Paulo nas arquibancadas do Morumbi durante o jogo contra o Trujillanos e se defendeu dizendo que ir aos estádios faz parte da rotina
Após por ter sido visto torcendo para o São Paulo nas arquibancadas do Morumbi, durante a goleada sobre o Trujillanos, por 6 a 0, na última terça-feira, pela Taça Libertadores, o volante Renan acabou afastado da Portuguesa por tempo indeterminado. O atleta recebeu a notícia nesta quinta-feira de manhã durante o treino. A decisão foi tomada pela diretoria e o técnico Anderson Beraldo (ex-zagueiro do Corinthians) não teve influência no caso. Nesta sexta-feira Renan conversou com o apresentador Marcelo Barreto e seus convidados no “Seleção SporTV”, contou como a notícia se espalhou e esclareceu que sua atitude não foi intencional.
– Os torcedores do São Paulo tem um grupo “órfãos do Edcarlos”, zagueiro atualmente do Atlético-MG. Eles me deram uma camisa e pediram para eu gravar um vídeo, pedindo para os torcedores comparecerem. Nesse jogo contra o Trujillanos não foi um bom público, ai por isso me pediram o vídeo. Foi isso que aconteceu. Eu saí do jogo, vim para casa, no outro dia de manhã tinham mais de mil mensagens. Gostaria de esclarecer que não fiz isso com segundas intenções. Eu, como jogador do São Paulo, emprestado para outros clubes tive a oportunidade de voltar para o São Paulo e nunca quiseram. Não fiz isso com segundas intenções, para falaram “o Renan é torcedor do São Paulo” e trazerem de volta.
O jogador disse que essa foi a única vez que foi ao Estádio com a camisa do São Paulo e que não esperava um repercussão desse tamanho. Segundo ele, está recebendo mensagens e ligações de muitos torcedores. Questionado pelo jornalista Luiz Carlos Júnior se iria ao Morumbi caso jogasse em times como Corinthians e Palmeiras, o volante foi enfático.
– É óbvio que se eu fosse um jogador do Corinthians, do Palmeiras, do Santos, é óbvio que eu não iria ao Morumbi com a camisa do São Paulo. A Portuguesa só tem chance de enfrentar o São Paulo em 2018, se tudo correr bem. Não seria maluco de fazer um negócio desse. Já joguei várias vezes contra o São Paulo após ter saído do clube e joguei como se não fosse o São Paulo do outro lado. Então, uma coisa é muito diferente da outra. Claro que sei separar muito bem isso e tenho certeza que o Lugano não faria isso. Alguns torcedores da Portuguesa acham que são rivais de todo mundo e na verdade todo mundo vê a Portuguesa muito bem. Eles poderiam usar isso a favor deles. Se eu fosse jogador do Corinthians ou do Palmeiras, óbvio que não iria no Morumbi com a camisa do São Paulo. É uma rivalidade muito grande, que causa até morte pelas ruas. Mas, como é um clube que, tanto no estadual quanto no Brasileiro, está em divisões diferentes do São Paulo, eu não vi problema nenhum.
Renan Portuguesa São Paulo Trujillanos Morumbi Renan disse que não se arrependeu de ir ao Morumbi torcer pelo São Paulo. O atleta justificou dizendo que faz parte da sua rotina ir a estádios de futebol há muito tempo. Revelado no São Paulo, ele foi campeão da Libertadores e do Mundial de 2005. O atleta ainda destacou que mesmo com salários atrasados não deixou de entrar em campo pela Portuguesa.
– O Morumbi é um lugar onde eu gosto de estar, vivi muito anos embaixo das arquibancadas. Já fiz isso outras vezes, mesmo como jogador da Portuguesa, ninguém nunca ficou sabendo, ninguém nunca viu. Tinha um rapaz da imprensa e gravaram. Na minha opinião, tenho o maior respeito ao clube e a minha profissão. Eu respeito meu dia a dia. Eu trabalho muito correto, sou um profissional muito correto. As pessoas julgaram como desrespeito. É respeito eu estar cinco meses de salário atrasado? Para algumas pessoas parece que eu cometi um crime. As pessoas, no seu lazer, gostam de ir ao cinema, ao parque, ao teatro, e no meu momento de lazer gosto de no estádio de futebol. E digo, não vou só ao estádio do São Paulo. (…) Tem muito jogador que eu conheço, que não gosta de ver futebol. Eu adoro. Gosto de ver também para aprender, pela televisão você não tem uma perspectiva ampla. Estão me julgando como se eu tivesse cometido um crime e quero deixar claro que fiz algo cotidiano da minha vida.
