Um dia após acionar o Corinthians na Justiça pelo não pagamento de porcentagens no salário de seus jogadores, a Federação das Associações dos Atletas Profissionais (FAAP) atacou novamente. Dessa vez, o alvo foi o São Paulo, que sofreu novo processo no valor de R$ 880 mil.
Conforme apuração do ESPN.com.br, a FAAP alega não ter recebido 0,8% dos R$ 110,11 milhões movimentados pelo time do Morumbi em transações ao longo do ano passado.
A Federação aponta que o São Paulo recebeu R$ 34,7 milhões pela venda de Boschilia ao Monaco, R$ 9,41 milhões pela ida de Paulo Miranda ao Red Bull Salzburg e, R$ 6,2 milhões por Jonathan Cafú ao búlgaro Ludogorest.
E tem mais: R$ 10,8 milhões por Denilson ao Al Wahda, R$ 28 milhões por Souza ao Fenerbahce, R$ 14 milhões por Rafael Toloi ao Atalanta e outros R$ 7 milhões pela saída de Maicon ao Grêmio.
No total, a porcentagem exigida pela Faap totaliza exatos R$ 880.880,00.
O dinheiro destinado à Federação está previsto na Lei Pelé e também no Regulamento Nacional de Registro e Transferência de Atletas de Futebol, editado pela CBF, que aponta ser responsabilidade do clube transferente do atleta efetuar o pagamento das taxas de transferência da FAAP.
No mês passado, a entidade já havia enviado uma notificação extrajudicial cobrando os valores do São Paulo, mas não foi atendida. E, em novembro de 2015, a mesma FAAP acionou o time tricolor no Poder Judiciário solicitando R$ 45 mil da transferência de Osvaldo para o Al Ahli.
A cobrança da Federação das Associações de Atletas Profissionais vem um dia depois de o Corinthians ser surpreendido por uma ação que exige 0,5% dos salários de 112 atletas que defenderam a camisa alvinegra nos últimos cinco anos.
Em outubro do ano passado a mesma FAAP também acionou o Santos nos tribunais de olho em fatias das vendas de Alan Patrick, Jonathan, Rafael Cabral, Ganso e Neymar ao futebol europeu.
Procurado pela ESPN para rebater o imbróglio, o São Paulo não respondeu até a publicação da reportagem.
Todo mundo quer uma lasquinha, lei Pelé é o meu pau