Ataíde recua e diz agora que não tocou em Aidar

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ESPN.com.br
Diego Garcia e Rafael Valente

Ataíde Gil Guerreiro ao lado de Carlos Miguel Aidar
Ataíde Gil Guerreiro ao lado de Carlos Miguel Aidar

Ataíde Gil Guerreiro e Carlos Miguel Aidar prestaram depoimento à Comissão de Ética do São Paulo na última sexta-feira, no Morumbi, em investigação sobre suspeita de corrupção na antiga gestão. E deram mais uma vez suas versões sobre a briga que culminou com a renúncia do ex-presidente, em outubro do ano passado. Mas, no caso do ex-vice, houve uma mudança de discurso, segundo apurou o ESPN.com.br.

Em fevereiro deste ano, Gil havia admitido, em depoimento ao mesmo órgão, ter segurado Aidar pelo pesoço e tocado seu rosto com o punho fechado, mas sem socos, durante uma discussão no Hotel Radison, em São Paulo, em 5 de outubro do ano passado. Só que, 57 dias depois, Ataíde recuou. E negou qualquer tipo de agressão ao ex-presidente.

Na reunião anterior, de acordo com relatos para a reportagem, ele até reproduziu com gestos como teria sido a discussão. Agora, em contrapartida, Ataíde Gil Guerreiro disse que apenas houve uma ameaça, e não agressão em si.

Mesmo assim, pessoas presentes no dia do ocorrido do Radison reafirmaram à reportagem neste sábado que o ex-presidente foi “covardemente agredido”, inclusive ganhando uma lesão após o ocorrido.

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A comissão de ética tem como presidente o advogado José Roberto Ópice Blum e apresenta entre seus membros Ricardo Hadad, Newton Bittencourt, Alberto Bugarib e o Renato Ricardo.

Agora, a comissão de ética vai analisar as 900 páginas do processo, dividido em seus volumes, para saber quais serão os próximos passos. O trabalho já dura há 120 dias.

Depois disso, será agendada uma reunião extraordinária do Conselho Deliberativo ainda neste mês de abril para a apresentação do resultado da investigação e a sugestão de pena da comissão de ética, que pode ser uma advertência, suspensão ou expulsão do clube.

Conselheiros que conhecem os membros da comissão de ética entendem que dificilmente Aidar e Gil Guerreiro ficarão sem punições. O primeiro pelas denúncias contra a gestão dele, já o segundo pela agressão cometida ao então presidente.

Procurados pela reportagem, nem Ataíde e nem Aidar quiseram comentar o caso.