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Em entrevista a rádio argentina, técnico do São Paulo não demonstra esperança de ter atacante, expulso durante briga após jogo em La Paz, contra o Toluca, no Morumbi
Em entrevista à Rádio Güemes, da Argentina, o técnico Edgardo Bauza, do São Paulo, afirmou ter sido agredido por um policial boliviano durante a confusão que se formou dentro de campo após a partida contra o The Strongest, em La Paz, na última quinta-feira.
O empate em 1 a 1 colocou o time brasileiro nas oitavas de final da Libertadores. Quando o juiz encerrou o confronto, uma briga entre atletas e membros da comissão técnica das duas equipes levou os policiais a intervirem.
– Eles me acertaram com um cassetete na cabeça. No meio da bagunça, havia de tudo. Duas ou três pessoas não aguentaram a eliminação e começaram todo o problema – afirmou Bauza.
A confusão começou quando o atacante Calleri entrou em campo para celebrar a classificação. Os bolivianos se sentiram provocados pelo jogador, que dias antes havia dado uma declaração como se o São Paulo já estivesse nas oitavas de final.
Calleri levou um empurrão e um soco. O árbitro, porém, expulsou o jogador do São Paulo, o que gerou revolta entre os atletas tricolores.
A diretoria promete ir à Conmebol para contestar a punição ao atacante argentino. Bauza, porém, não demonstra esperança em tê-lo na partida de ida das oitavas, na próxima quinta, contra o Toluca, do México, no Morumbi.
– Conhecendo a Conmebol, creio que vamos tentar atenuar a punição. Vamos demonstrar que ele não fez nada.
Bauza admitiu também que havia uma pressão sobre seu trabalho, e que uma eliminação precoce na Libertadores poderia significar a sua demissão.
– Entre os dirigentes e eu a comunicação é muito fluída. Mas quando você dirige um time tão grande, os riscos existem. Quando os jornalistas durante a semana insinuaram (que eu poderia ser demitido), eu disse: quando assinei o contrato também assinei que posso ser demitido – afirmou o treinador argentino.
O São Paulo se classificou com dificuldades, mas para Bauza isso agora não mais importante. O comandante tricolor acredita que a partir dos mata-matas, a Libertadores se torna outra competição.
– Divido duas, a fase de grupos e a partir das oitavas. Agora vamos estudar o Toluca. A primeira partida será no Morumbi, vamos ver o que acontece. Será duríssimo.
Questionado sobre qual o time brasileiro mais forte no torneio continental, Bauza elegeu o Corinthians.
– É o atual campeão (brasileiro), uma equipe que já tem muito tempo de trabalho, um esquema consolidado e bons jogadores. O Atlético-MG também tem bom time, assim como o Grêmio.
Bauza não é um Osório e está longe disso.
Mas estou entendendo um pouco mais do seu trabalho. Suas ideias não são de tudo ruins se ele tiver os jogadores certos para o jeito que ele quer jogar.
Entendi que ele não joga num esquema tático fixo. Ele ataca com o 4-2-3-1 e defende com 4-4-2.
Nesse esquema os meias/pontas tem a função de atacar com a bola. E sem a bola devem voltar para fazer a 2ª linha de 4 junto com os volantes. Defendendo o Ganso passa a ser segundo atacante. Mas atacando Ganso é o meia de criação/ligação.
Resumindo:
Atacando: http://this11.com/play/abK3Z7aamR.png
Defendendo: http://this11.com/play/abK3Z82ae1.png
Eu particularmente gostei dessa ideia. Mas o time custou entender e começar a criar chances de gols. O time engrenou quando Kelvin e J.Schimidt entraram como titulares.
Esse esquema de jogo é bem válido quando se tem os jogadores certos. Acho que pra ficar perfeito tem que ter 1 lateral direto, mais 1 volante e 1 meia/ponta esquerda que ataque e defenda igual Kelvin pela direita. Também acho que sem Calleri, que segura a barra sozinho lá na frente, esse tipo de esquema seria muito sofrível. Por isso que falo que só dar certo se tiver os jogadores certos pra esse esquema