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O técnico Edgardo Bauza gostou da produção apresentada pelos jovens Kelvin e Lucas Fernandes, mas não pretende utilizá-los como titulares nos decisivos jogos que o Tricolor tem pela frente. De olho nos embates contra Trujillanos e River Plate, pela Libertadores, além do encerramento da fase final e início do mata-mata do Campeonato Paulista, Patón não quer “exagerar” na responsabilidade que a dupla terá nas partidas.
“Eles estão jogando de uma maneira interessante, mas nenhum dos dois são para jogar 90 minutos. Estamos treinando. São atletas que logo poderão jogar um jogo completo, mas não agora. Não posso dar a Lucas Fernandes uma responsabilidade maior do que ele pode. Mas tem entrado bem. Se continuar trabalhando dessa forma, a titularidade vai chegar”, analisou o comandante.
Para ele, as entradas de ambos sempre melhoram a produção ofensiva, principalmente por conseguirem abrir mais as jogadas pelos lados. Kelvin, que marcou um gol sobre o Linense, na semana passada, e teve boa participação diante do Oeste, no sábado, é apontado como atleta mais útil nesse sentido.
“Não abrir o jogo bem nos complicou contra o Oeste, porque não é fácil entrar dentro de um time que vem para se defender. No segundo tempo, com Kelvin, obrigamos a abrir mais, e aí eles já não puderam defender bem. Aí começamos a quebrar a linha defensiva. No segundo tempo, chegamos 26 vezes, com cruzamentos. Foi o que provocou que equipe pudesse ganhar a partida”, analisou o argentino.
Fortes defesas, aliás, é o que o Tricolor deve encarar nas próximas partidas. Enquanto o duelo contra os venezuelanos define qual dos dois times continua com chances de classificação às oitavas de final, o embate contra o River Plate deve apresentar os argentinos jogando pelo empate, já possuem vantagem de três pontos sobre os são-paulinos.
Por isso, Bauza quer aproveitar os dias de treinamento que terá para acelerar as jogadas da equipe. Na sua avaliação, as trocas de passe ainda deixam a desejar devido à falta de velocidade, o que prejudica inclusive a aptidão ofensiva de alguns atletas.
“Os dois jovens são jogadores que temos muita em conta. A velocidade tratamos de usar na medida em que a pessoa pode ter o domínio do jogo. Mena, por exemplo, é muito rápido nos últimos 20 metros, mas para isso o time tem de ter a bola”, concluiu.
