Jonathan Calleri demorou a deslanchar no São Paulo, mas, quem diria, apresenta números estratosféricos depois de seis atuações na Libertadores. Com sete gols, ele já está entre os 10 maiores artilheiros da história do clube no torneio queridinho da torcida. Tem o mesmo número que jogadores emblemáticos do arquivo tricolor. A média, então, nem se fala.
A importância do atacante é tamanha na atual equipe que Paulo Henrique Ganso pediu ao técnico Edgardo Bauza que o substituísse no segundo tempo para evitar sua expulsão, uma vez que, depois do cartão vermelho para o lateral-esquerdo Vangioni, do River Plate, por um soco na cara do atacante argentino, ele passaria a ser o principal alvo de provocações, um legado de sua trajetória vitoriosa no arquirrival Boca Juniors.
Na entrevista coletiva, o Patón também disse que conversa com a diretoria sobre a possibilidade de estender o contrato de seu goleador, emprestado até 30 de junho e com transferência acertada para o futebol europeu.
Se você enxerga certo exagero no texto, veja abaixo itens que mostram o quanto essa marca de Calleri, camisa 12 do São Paulo, é impressionante:
CALLERI = RAÍ
Com sete gols em Libertadores, o argentino está no Top-10 da história do São Paulo. Igualou-se ao ídolo, capitão e bicampeão Raí e ao carismático Aloísio Chulapa.
CALLERI > FABULOSO
Em números absolutos, Rogério Ceni e Luis Fabiano são os principais artilheiros tricolores na competição, ambos com 14 gols. Em média, o antigo camisa 9 é o melhor. Quer dizer, era… Ele tem 0,58 (14 gols em 24 jogos). Calleri chegou a 1,16, maior média de todos os tempos.
CALLERI QUASE = FABULOSO
Ninguém fez tantos gols pelo São Paulo numa mesma edição de Taça Libertadores da América quanto Luis Fabiano em 2004. Foram oito do Fabuloso na campanha que levou o clube à semifinal da competição. Calleri já tem sete. Na próxima quinta-feira, contra o The Strongest, em La Paz – o Tricolor só precisa de um empate para passar às oitavas de final –, poderá se igualar ao ídolo. E se o time se classificar para os mata-matas, chance de mais um recorde.
CALLERI > ADRIANO IMPERADOR
O último atacante que o São Paulo havia contratado “para a Libertadores” foi Adriano, em 2008. O time naufragou, foi eliminado pelo Fluminense nas quartas de final, sem nenhuma apresentação marcante, mas o Imperador agradou. Ninguém contesta que ele levou a equipe nas costas no torneio sul-americano. Quantos gols ele fez? Seis. Calleri já fez sete.
CALLERI > ARTILHEIROS DO TRI
Em 2005, ano do tricampeonato continental, os artilheiros do São Paulo foram o goleiro Rogério Ceni e o atacante Luizão, cada um com cinco gols. Calleri… Bem, você já sabe.
Tem que tentar contrata-lo até o final do ano.