Contra catimba, Denis cobra postura de capitão de todos os são-paulinos

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GazetaEsportiva.net

Edoardo Ghirotto

Denis,  goleiro do São Paulo FC, antes da partida contra o São Bernardo FC, válida pela oitava rodada da primeira fase do Campeonato Paulista 2016.
Denis se tornou capitão do São Paulo sob o comando do técnico Edgardo Bauza (Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press)

O goleiro Denis concedeu entrevista na última segunda-feira e identificou a irregularidade como o principal problema do São Paulo nessa temporada. Mas o arqueiro, responsável por ostentar a faixa de capitão, também apontou a falta de atitude dos jogadores como uma falha a ser corrigida. O camisa 1 espera que a partir do jogo dessa terça-feira, contra o Trujillanos-VEN, todos os atletas tricolores passem a atuar como líderes durante os jogos.

A insatisfação de Denis com o comportamento dos companheiros teve um motivo específico. Na vitória por 2 a 1 sobre o Oeste, no sábado, o goleiro Leandro Santos levou uma pancada no rosto ao cometer pênalti no argentino Calleri. O arqueiro, que defendeu a cobrança de Maicon, conseguiu paralisar o jogo diversas vezes ao reclamar de dores. Na avaliação de Denis, os são-paulinos deveriam ter pressionado o juiz para agilizar o tratamento médico que Santos recebia.

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“A cobrança tem que existir, sim. De todos os jogadores. Todo mundo tem que cobrar, tem que falar com o juiz quando alguém está demorando muito. Isso é do jogo”, afirmou Denis. Segundo ele, esse comportamento deve ser adotado para coibir a catimba que os venezuelanos do Trujillanos poderão fazer no Morumbi. “Falta um pouco mais dessa atitude dos nossos atletas. Precisamos cobrar o juiz. Não sou só eu, que sou capitão e fico lá atrás, mas todos são muito importantes e podem falar e reclamar, sim”, acrescentou.

A catimba dos times sul-americanos tem sido um dos principais obstáculos enfrentados pelos brasileiros nessa Libertadores. A inação dos árbitros diante da tentativa dos estrangeiros em retardar as partidas tem provocado abalos emocionais nos jogadores de clubes nacionais. O Palmeiras, por exemplo, se revoltou com o fato de o juiz que apitou a derrota por 2 a 1 para o Nacional, no Palestra Itália. não ter coibido a demora do goleiro para cobrar tiros de meta.

Como o Trujillanos é a equipe mais fraca da chave à qual o Tricolor pertence, é possível que os venezuelanos utilizem todos os métodos possíveis para sair do Morumbi com pelo menos um ponto na bagagem. Não cair nas provocações adversárias será um dos desafios para os comandados de Edgardo Bauza, que necessitam de uma vitória para manter viva a chance de avançar às oitavas de final da Libertadores. A equipe tem dois pontos na competição e precisa tirar uma diferença de três para o vice-líder River Plate.