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Guilherme Pereira e Sergio Gandolphi
Artilheiro da Libertadores, atacante argentino comemora boa fase, se diz adaptado e feliz no Brasil e ao clube e que, dessa forma, “vontade é de ficar” após fim do contrato
Calleri chegou ao São Paulo em janeiro de 2016. Pouco mais de dois meses de uma adaptação rápida ao clube e ao Brasil. Em 19 jogos com a camisa do Tricolor Paulista, já foram 10 gols, sendo sete deles na Libertadores, torneio no qual é artilheiro. Mas o caminho até aqui teve a ajuda improvável. Ansioso por sua estreia como profissional no All Boys, da Argentina, Calleri se consultou com Marcelo Roffé, psicólogo esportivo que trabalhou na seleção argentina e no River Plate, rival do São Paulo na última quarta-feira.
– Foi em um momento que eu estava ansioso por estrear na primeira divisão. Meus companheiros estreavam também e jogavam e eu não. A ânsia de querer estrear na primeira divisão me fazia perder um pouco o foco, justamente o preparador físico do River Plate, do Marcelo Gallardo, eu trabalhei com ele quando estava na reserva do All Boys. Somos amigos e ele me recomendou Marcelo Roffé, que é um psicólogo esportivo, que trabalhou com a seleção argentina, com Pekerman na Colômbia, e me ajudou muito durante três anos. Ele me ajudou muito no período que trabalhamos juntos e grande parte de hoje eu estar vivendo esse momento e daquilo que eu passei no Boca eu devo à ajuda dele – disse o camisa 12 do São Paulo.
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Com apenas seis jogos pelo Tricolor Paulista na Libertadores, Calleri já entrou na lista dos dez maiores artilheiros do clube no torneio. Está empatado com Raí e a sete gols de Luis Fabiano e Rogério Ceni. E isso ele agradece a Paulo Henrique Ganso, outro destaque do time neste ano, e que, segundo Calleri, “coloca a equipe nas costas”.
– Para mim é um grande jogador, que se quiser pode jogar em qualquer clube do mundo, onde ele quiser. Ele tem uma técnica que eu vi poucas vezes em meus companheiros, e penso que, como eu disse, se ele se propor a jogar onde quiser, ele vai conseguir, porque tem uma condição impressionante, porque está dando muito ao São Paulo e acho que na equipe é o melhor jogador que nós temos. Do jeito que damos a bola pra ele, a bola não queima em seus pés, quando o time está jogando bem ou está jogando mal, ele coloca a equipe nas costas e leva o São Paulo à frente.