Expulso no final, Calleri levou soco no rosto e precisou de escolta policial

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GazetaEsportiva.net

(Foto: AIZAR RALDES/AFP)
Calleri levou um soco no rosto de um reserva do Strongest após o árbitro encerrar a partida (Foto: Aizar Raldes/AFP)

A classificação do São Paulo às oitavas de final da Copa Libertadores mexeu com os nervos do Strongest. Após o apito final do empate por 1 a 1, nessa quinta-feira, os jogadores dos dois times se envolveram em uma briga que teve como pivô o argentino Calleri. O artilheiro levou um soco no rosto, foi expulso pelo árbitro chileno Roberto Tobar e será desfalque no jogo de ida contra o Toluca, que será disputado no estádio do Morumbi.

Calleri era o alvo dos jogadores do Strongest desde o primeiro minuto. Os bolivianos não interpretaram bem uma entrevista concedida na última quarta-feira, em que o argentino torcia para não se encontrar com o Boca Juniors. Para os atletas, o atacante desrespeitou a equipe de La Paz ao falar como se o São Paulo já estivesse classificado.

Antes da partida, o zagueiro Luis Maldonado chegou a dizer que “arrancaria a cabeça” dos jogadores tricolores. O argentino não deixou barato e anotou o gol que garantiu a classificação do São Paulo à próxima fase. Substituído no segundo tempo, ele se dirigiu ao zagueiro Maicon após o término do confronto para comemorar a classificação. O defensor teve de ir para a meta são-paulina após o goleiro Denis ter sido expulso de campo.

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Enquanto confraternizava com Maicon, Calleri se desentendeu com um jogador boliviano. O entrevero deu início a uma grande confusão. O atacante tricolor levou um soco no rosto de um reserva do Strongest e tomou logo em seguida o cartão vermelho. Ele precisou ser escoltado pelos outros jogadores e por policiais que faziam a segurança da partida até o vestiário.

Sorteado para realizar o exame de doping após o confronto, Calleri solicitou que um efetivo da polícia boliviana o acompanhasse até a sala de testes. O centroavante Alan Kardec também teve de fazer o exame e acompanhou o argentino até o recinto. Nervoso, o artilheiro foi blindado pela assessoria do clube e não concedeu entrevistas depois do duelo.

Já o técnico Edgardo Bauza se disse “enojado” por conta da confusão. O Patón disse que o São Paulo recorrerá à Conmebol para entender os motivos que levaram o árbitro a expulsar Calleri. “Foi uma vergonha o que aconteceu. Eles começaram tudo e isso descambou para uma falta de respeito, uma vergonha, após terem perdido a vaga”, afirmou o treinador. “Vamos à Conmebol para recuperar a súmula do jogo porque há rumores de que o árbitro escreveu coisas que não aconteceram”, concluiu.