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As escolas brasileira e argentina sempre apresentaram muito talento e rivalidade quando estiveram frente a frente. Nesta quarta-feira, o confronto entre São Paulo e River Plate no Morumbi tem tudo para pegar fogo pela importância do jogo da Libertadores e também por confrontar diferentes filosofias. Enquanto o Tricolor ainda busca uma identidade e sofre em vários momentos do ano com a falta de objetividade ofensiva, o rival de Buenos Aires é considerado uma equipe mais vertical, ou seja, que trabalha menos a bola na busca pelo gol.
A ineficiência do ataque do São Paulo é algo que vem preocupando a torcida tricolor nesta temporada. No Campeonato Paulista, em que a equipe de Edgardo Bauza se classificou às quartas de final, foram apenas 17 gols marcados, número superior apenas aos clubes que foram rebaixados, além do Botafogo-SP, que lutou contra o descenso até a última rodada.
Com menos de um tento anotado por partida nos 19 jogos do Paulistão, e um duelo decisivo na Copa Libertadores pela frente, a torcida tricolor tenta se apegar aos números da competição sul-americana, que representam uma melhora em relação ao Estadual, mas estão longe de ser excelentes.
Em quatro jogos nesta fase de grupos, o Tricolor já balançou as redes em oito oportunidades. No entanto, seis destes gols saíram na última partida, quando o São Paulo goleou o Trujillanos no Morumbi. Na mesma rodada, o River Plate, adversário desta quarta, aplicou os mesmos 6 a 0 no The Strongest. Entretanto, os argentinos já haviam marcado outros seis tentos nas três partidas anteriores, média de dois por jogo, contra 0,6 dos são-paulinos.
Mesmo se forem considerados os dois jogos da primeira fase da Libertadores, em que o São Paulo eliminou o Universidad César Vallejo, o número de gols do Tricolor subiria apenas para dez, apesar das duas partidas a mais em relação ao River. Essa disparidade nos números pode ser explicada pela falta de objetividade e de pontaria do time do Morumbi.
Nos seis jogos do torneio continental disputados até aqui, o São Paulo trocou 2671 passes, média de 445 por jogo, tendo um aproveitamento de 90%. O River, por sua vez, tem aproveitamento parecido (87%), mas trocou “apenas” 1274 passes, uma média de 318.
Entretanto, apesar de “rodar” bem mais a bola e trocar mais passes, o São Paulo tem uma média de finalizações parecida – 18 vezes por partida, contra 16 do River Plate. Outro problema tricolor está na pontaria da equipe, que acerta apenas 32% das finalizações, contra 51% do rival argentino.
Nesta quarta-feira, o São Paulo precisa da vitória e terá mais uma oportunidade para melhorar seus números nesta Copa Libertadores. O duelo contra o River Plate será às 21h45 (de Brasília), pela quinta rodada da fase de grupo da Copa Libertadores, no Morumbi. Mesmo se bater os argentinos, o Tricolor só poderá ultrapassá-los nesta rodada caso tire uma diferença de cinco gols de saldo.