As comparações entre o futebol jogado na América do Sul e na Europa são inevitáveis. Com grandes estádios e altas taxas de ocupação, países como Inglaterra e Espanha costumavam ter públicos superiores aos dos jogos no Brasil.
Porém, ao menos na atual edição da Libertadores, a situação parece ser diferente. Até a goleada do São Paulo na noite de quinta-feira, foram 18 jogos do torneio em estádios brasileiros. Nestas partidas, a média de torcedores presentes é de 34.700, com a taxa de ocupação próxima a 70%.
Com o crescimento dos números, a Libertadores no Brasil já deixou para trás o público do Campeonato Espanhol. Mesmo com grandes estádios – como o Camp Nou, que pode receber 99 mil pessoas; e o Santiago Bernabéu, com capacidade para 85 mil – , a média é de 27.684 por confronto.
Além disso, a grande presença das torcidas na Libertadores chega perto dos números do Campeonato Inglês. Em 2015-16, são 36.339 fãs em cada partida da Premier League, com destaque para Manchester United (75.341), Arsenal (59.938) e Manchester City (54.020).
A principal diferença para os tradicionais estádios britânicos é a porcentagem de ocupação. Dos 20 clubes da primeira divisão inglesa, apenas dois ficam abaixo de 90% – o Sunderland (86,7%) e o rebaixado Aston Villa (79,4%).
Quando comparadas as taxas de presença dos brasileiros, o oposto. Dos cinco times do Brasil na Libertadores, somente o Corinthians tem mais de 90% de sua Arena tomada – média de 40.997. Palmeiras e Atlético-MG têm, respectivamente, 78% (34.529 de média) e 72% (26.044).
Os piores neste critério são São Paulo e Grêmio. Mesmo com boas médias de público – 32.234 para os paulistas e 34.446 para os gaúchos -, os estádios ficam longe da lotação máxima. Com dois jogos no Pacaembu e três no Morumbi, os são-paulinos ocuparam 58% dos espaços. Enquanto isso, os gremistas estiveram presentes em 56% do espaço nos quatro confrontos recebidos pela Arena.