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Tendo treinado entre os titulares para o duelo decisivo contra o Trujillanos-VEN, que pode manter o São Paulo em condições de buscar a vaga na próxima fase da Libertadores, Michel Bastos sabe que o momento é propício para frear o inferno astral que vive no Tricolor desde meados de 2015.
Em entrevista à TV Globo nesta terça, dia em que o time vai a campo no Morumbi, o jogador comentou o ambiente de pressão que o São Paulo vive desde o ano passado, marcado pela maior crise política da história do clube.
De acordo com o camisa 7, eleito por parte da torcida, neste ano, como principal vetor da má fase tricolor, uma possível motivação para o descontentamento de parte da torcida está em um gesto feito, ainda em outubro do ano passado, para a torcida na vitória sobre o Sport.
Na ocasião, Michel marcou um gol diante das críticas que ressoavam da arquibancada e da iminente substituição, já que não vinha atuando bem e Rogério já estava na beira do campo.
‘Foi um momento isolado em que agi daquela forma. Me arrependo, porque hoje, talvez, algumas coisas estão acontecendo por isso. Quem me conhece sabe que nunca fui um jogador polêmico, de desrespeitar quem quer que seja, muito menos a torcida. Me arrependo. Hoje talvez esteja pagando por essa atitude’, comentou o atleta.
Apelidado de ‘migué’ por parte da torcida, em referência a um estereótipo preguiçoso, o jogador fez questão de recusar o rótulo, admitindo que, sempre que esteve em condições, não fugiu do páreo. No entanto, lesões musculares e até uma dengue comprometeram o nível e a sequência de atuações de Michel.
“Doeu, porque não estavam atacando o Michel jogador, e sim a pessoa. Nunca fui de dar migué. Quando não joguei foram por lesões musculares. A primeira da carreira tive aqui no São Paulo. Já discuti com preparador físico, porque ele queria me tirar do treino e eu queria treinar. Quando você vê um ato contra você, colocando uma imagem que não é sua, dói. Nunca fui isso”, declarou.
Com o nome ventilado no Santos, mas cumprindo contrato com o São Paulo, Michel Bastos nem quis comentar questões de mercado, mas reiterou que nunca teve o desejo de deixar o Tricolor paulista, clube que o repatriou após anos na Europa.
“Nunca quis sair do São Paulo, nem quero. Tenho carinho pelo São Paulo. É o clube do Brasil onde passei mais tempo, estou há quase dois anos e quero que isso se prolongue?” cravou o meia, que negou também, em certo momento, ter sido afastado pela comissão técnica de Edgardo Bauza