Missão La Paz: São Paulo monta programação para vencer altitude

232

Marcelo Hazan e Yan Resende – GloboEsporte.com

O São Paulo tem pronta sua programação para minimizar os efeitos dos 3.600 metros de altitude em La Paz, na Bolívia. A equipe decidirá sua vida na Taça Libertadores contra o The Strongest, na quinta-feira, dia 21, pela última rodada da fase de grupos. Um empate no estádio Hernando Silles carimba a passagem para as oitavas de final.

O Tricolor viajará para o país apenas na quarta-feira, depois de treinar no CT da Barra Funda. O destino será Santa Cruz de la Sierra, cidade 400 metros acima do nível do mar e de clima similar ao do Brasil. Depois de dormir no local, a delegação só vai a La Paz na tarde de quinta-feira, dia do duelo. A ideia é ficar o mínimo possível no local. Por isso, inclusive, não haverá o treino de reconhecimento no estádio, algo comum entre os times que disputam a Libertadores.

Visão aérea da cidade de La Paz (Foto: Léo Simonini / Globoesporte.com)Visão aérea da cidade de La Paz e estádio Hernando Silles (Foto: Léo Simonini / Globoesporte.com)

– O mais importante é você não ficar muito tempo lá em cima. É melhor chegar na hora do jogo. Joguei lá contra o San José pela Libertadores e é muito difícil. A altitude realmente incomoda, mas o São Paulo está se preparando para isso. O São Paulo vai muito forte para esse jogo – disse Pintado, auxiliar-técnico.

Publicidade

O planejamento adotado pelo São Paulo é o mesmo do Santos na Libertadores de 2012. Na ocasião, a equipe da Baixada se concentrou em Santa Cruz de la Sierra e depois perdeu para o The Strongest, por 2 a 1, após sofrer virada aos 45 minutos do segundo tempo, quando o cansaço mais pesa para os jogadores.

– Joguei uma vez na altitude, em 2012, e sei que é difícil. Mas estamos a um empate da classificação e vamos em busca disso – disse Rodrigo Caio.

Antes de encarar o The Strongest, o São Paulo enfrentará o Audax, domingo, às 18h30, em Osasco, pelas quartas de final do Paulistão. O time se reapresenta nesta quinta-feira à tarde, no CT da Barra Funda.

4 COMENTÁRIOS

  1. Conheço muito bem e vou explicar

    Quando um time vai jogar na altitude, aumenta o nível de pipocamento no sangue, o goleiro começa a sentir uns canhões na pele que indicam o nascimento de penas de peru.

    A medula começa a produzir uma coloração amarela que aparece nas costas, indicando medo, covardia, frouxidão mesmo.

    Ocorre um aumento do hormônio tremismo no joelho, que faz com que as pernas tremam constantemente de forma incontrolável

    Deixem de frescura e joguem bola, sempre existiu altitude e esses times quase nunca chegam em decisões.

    Não comecem de hoje com desculpa para eliminação

  2. O planejamento proposto pelo São Paulo é o pior possível. Além da necessidade da adaptação física é importante a adaptação técnica. O Grêmio ficou uma semana no Equador para enfrentar a LDU e venceu por 3 a 2, inclusive mantendo o ritmo durante os 90 minutos. Chegar nas vésperas do jogo me parece um grande erro, pois a viagem será desgastante e não se sabe como o organismo dos jogadores reagirá aos 3600 metros de altitude. Para agravar a situação, os jogadores não terão a oportunidade de treinar naquelas condições. Estou imaginando as dificuldades que o Denis enfrentará com a velocidade da bola, bem mais rápida que o normal. Cada chute e bola na área será desesperador. Para finalizar, já sabemos os resultados dos jogos que o São Paulo não imprimiu um ritmo intenso e acho difícil que o time consiga jogar com concentração e intensidade nessas condições.

  3. Conheço o assunto e posso afirma que o correto seria que pelo menos os titulares ficassem 1 semana em La Paz.

    Como o SP tem que jogar o Paulista domingo, deveria jogar com os reservas. Os titulares teriam que ir hoje para La Paz para ocorrer a aclimatação em 1 semana.

    Aclimatação são as modificações que o corpo humano sofre para se acomodar as baixas pressões barométricas.

    Os principais efeitos da aclimatação são: Grande aumento da ventilação pulmonar; número aumentado de hemácias; aumento da capacidade de difusão dos pulmões; vascularidade aumentada dos tecidos periféricos e capacidade aumentada das células teciduais usarem oxigênio, apesar da baixa pressão de oxigênio.

    Agora o que está programado é que o SP fique em Santa Cruz a 400 metros de altitude e só viajar pra La Paz na quinta-feira a tarde.

    Pra mim isso está errado. Olhe os efeitos que isso pode ocorrer: sonolência, tédio, fadiga mental e muscular, algumas vezes dor de cabeça, ocasionalmente náusea e às vezes, euforia. Esses efeitos progridem para o estágio de abalos musculares.

    O time tem um sério risco de ficarem bobos em campo são sabendo nem onde estão.

    Pra mim isso é um programa de índio!