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“Atitude. Essa é a palavra que precisa definir a equipe”. Foi esse o sentimento expressado pelo argentino Jonathan Calleri após o treino dessa terça-feira, o último antes da decisão entre São Paulo e River Plate. O atacante vê o Tricolor com plenas condições de sair do estádio do Morumbi com uma vitória, mas alerta que os três pontos só virão se a equipe encarar os atuais campeões da Libertadores com entrega e vigor. Mostrar atitude, segundo Calleri, também será um dever dos torcedores que
“Os jogadores devem disputar cada bola como se fosse a última. Temos de vencer o jogo nem que seja por meio a zero. O time precisa desses três pontos. E, oxalá, vamos conseguir. Temos elenco para isso e estamos com confiança?, afirmou o atacante, que enfrentou o River diversas vezes quando vestia as cores do Boca Juniors. Na avaliação de Calleri, a equipe argentina perdeu qualidade com a saída de atletas importantes e está suscetível a levar um “batacazo” – paulada, em espanhol – do São Paulo.
“Vemos claramente que o River Plate que foi campeão no ano passado não é mais o mesmo de hoje. Eles perderam jogadores importantes, como o Carlos Sánchez, que era o pilar do time. Creio que podemos ganhar e que o São Paulo pode dar um batacazo no River. Vamos tratar de fazer em campo o que temos feito nos treinamentos”, disse. Calleri também fez questão de lembrar que o São Paulo só depende dos esforços próprios para superar River e Strongest – líder e vice-líder do Grupo 1 – e chegar às oitavas de final.
Para o jogador, no entanto, os argentinos devem saber que estão jogando no Brasil. “Espero que nossa torcida acompanhe o time. E que o River se sinta como visitante aqui. Quando vamos a campos estrangeiros, somos visitantes. A torcida deve fazer com que eles realmente sintam que estão jogando no Brasil”, declarou o jogador, que terá a primeira chance de presenciar o Morumbi lotado. “Significa muito ter o estádio cheio. Necessitamos que eles cantem por nós. Na Argentina sempre jogamos com campo cheio. Espero que o São Paulo possa retribuir o carinho”.
Carinho, inclusive, é o que o argentino espera dos torcedores. Ele crê que a pressão deve ser depositada exclusivamente nos atletas rivais. “Quando vamos a campo, independentemente de as arquibancadas estarem cheias, tratamos de fazer tudo por essa camisa. Mas com as pessoas é diferente”, disse. “Os torcedores pedirão desde o minuto zero para que o São Paulo faça três gols. Mas peço paciência, pois o time tem condições de fazer um grande resultado”, concluiu.