UOL
Guilherme Palenzuela
O atacante Jonathan Calleri, 22, marcou oito dos últimos dez gols do São Paulo. É o artilheiro da Copa Libertadores, com oito gols, e decidiu as partidas contra Cesar Vallejo, Trujillanos, River Plate e, agora, no empate com o The Strongest. Nesta quinta-feira (21) o argentino marcou de novo, mas acabou expulso em decisão polêmica do árbitro chileno Roberto Tobar, após o apito final, que coloca o São Paulo em situação problemática.
Existe agora um problema a ser resolvido pelo técnico Edgardo Bauza. Na próxima quinta-feira (28), às 21h45 (horário de Brasília), o São Paulo já enfrenta o Toluca, do México, no Morumbi, no primeiro jogo das oitavas de final e não terá Calleri, suspenso. Pior: o argentino poderá receber três jogos de gancho se for enquadrado em “conduta violenta” pelo Tribunal Disciplinar da Conmebol. O substituto natural é Alan Kardec, que vive fase oposta a Calleri.
Se a fase do argentino em frente ao gol é muito positiva, a de Kardec é das piores de toda a carreira. O camisa 14 marcou apenas um gol em 2016, em 18 partidas disputadas – o gol saiu contra o Santos, na Vila Belmiro, pelo Paulistão.
O outro problema do São Paulo é do lado oposto do campo, debaixo das traves. A expulsão de Denis, que obrigou o zagueiro Maicon a jogar os últimos minutos em La Paz como goleiro, também tira o titular do primeiro jogo das oitavas de final contra o Toluca. O reserva, Renan Ribeiro, também é dúvida para a partida porque recentemente realizou cirurgia de apendicite. É possível que o terceiro goleiro, Léo, seja a única opção para ser escalado.
“Renan está se recuperando e vamos ver como estará. O que melhor estiver vai jogar”, falou Edgardo Bauza à Fox Sports, depois da partida.
Léo, 25, é goleiro formado nas categorias de base do São Paulo, mas nunca teve chance no clube. Sempre passou longe da briga pela vaga de titular e nunca jogou nem um minuto em partidas oficiais pelo São Paulo. Se jogar contra o Toluca, fará a estreia pelo clube no Morumbi.
O São Paulo, segundo informou o diretor de futebol Luiz Cunha ao UOL Esporte, ainda tentará anular a expulsão de Calleri na Conmebol. O clube paulista pretende mostrar que a decisão de Roberto Tobar foi equivocada apontando que Calleri não iniciou a confusão, não agrediu ninguém e que o árbitro chileno ainda não expulsou Pablo Escobar, que desferiu um chute no argentino durante a confusão – outro jogador do Strongest também aplicou um soco.
É muito improvável, porém, que o São Paulo consiga reverter a suspensão imediata de Calleri por um jogo, na semana que vem.