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O São Paulo se acostumou a disputar decisões nessa temporada. Muitas partidas adquiriram tal rótulo após o time de Edgardo Bauza desperdiçar pontos ao tropeçar em “jogos fáceis”. Na Copa Libertadores não foi diferente. E às 21h45 (de Brasília) dessa quinta-feira, no estádio Hernando Siles, na capital boliviana de La Paz, o Tricolor fará contra o Strongest a final mais importante desse primeiro semestre.
Basta um empate para o São Paulo evitar uma tragédia e se classificar às oitavas de final. A equipe está com oito pontos – um a mais que o Strongest – e ocupa a segunda colocação do Grupo 1. O clube boliviano está na terceira posição, enquanto o já classificado River Plate lidera a chave. O Trujillanos, eliminado, está na lanterna com quatro pontos.
O torcedor tricolor considera a classificação uma obrigação. O time voltou a ser questionado após ter sido eliminado do Campeonato Paulista com uma goleada por 4 a 1 para o Grêmio Osasco Audax, no último domingo. Para os atletas, a receita é esquecer o tropeço no Estadual e resgatar o espírito guerreiro que a equipe encarnou na última rodada da Libertadores, quando venceu o River Plate por 2 a 1, no estádio do Morumbi.
Pesa contra a equipe os 3.600m de altitude de La Paz. O ar rarefeito e a velocidade da bola preocupam o elenco e a comissão técnica. Tanto que Bauza mudou o esquema tático e testou uma formação com três volantes. Hudson, Thiago Mendes e Wesley foram os escolhidos para proteger a zaga constituída por Maicon e Rodrigo Caio. Ganso, que trabalhou entre os reservas, ainda é dúvida para o confronto. Caso o camisa 10 não possa atuar, a tarefa de abastecer o artilheiro Calleri será entregue a Michel Bastos ou Kelvin.
“Sou experiente e sei como ajudar caso o treinador me escale. Precisamos buscar a classificação e estamos focados nisso. Consegui treinar bem e estou à disposição”, afirmou Wesley. “Temos que ter cautela e saber sair para o jogo. Vamos nos defender bem e explorar os ataques com sabedoria. Todos estão comprometidos para conquistar a classificação e espero dar conta do recado se for utilizado, porque jogos assim são importantes”.
Os desfalques ficarão por conta de João Schmidt, suspenso, e do lesionado Diego Lugano. O uruguaio sofreu um estiramento muscular e seguirá afastado por ao menos três semanas. No entanto, ele viajou para a Bolívia com o time para incentivar os companheiros na decisão. “Por sorte chegamos com a vantagem do empate. Será um jogo complicado, mas temos condições de ganhar em qualquer parte do mundo. Sabemos que é possível”, disse.
Diante do São paulo estará uma equipe imprevisível. O Strongest anulou o Tricolor quando jogou no Pacaembu e venceu por 1 a 0, em 17 de fevereiro. Cotado como um dos favoritos à classificação, o time caiu de produção na sequência do torneio e acumulou vexames, entre eles uma goleada por 6 a 0 para o River Plate e uma derrota por 2 a 1 para o Trujillanos.
Os tropeços levaram a diretoria a trocar o técnico Mauricio Soria pelo venezuelano César Farías, ex-treinador da seleção de seu país natal. “Conhecemos a capacidade do trabalho de Farías com as categorias de base e com a motivação [dos jogadores]. Acreditamos que será um grande reforço motivacional para o jogo [contra o São Paulo]”, analisou o dirigente Héctor Montes.
FICHA TÉCNICA
THE STRONGEST X SÃO PAULO
Local: Estádio Hernando Siles, em La Paz, Bolívia
Data: 21 de abril de 2016, quinta-feira
Horário: 21h45 (de Brasília)
Árbitro: Roberto Tobar (Chile)
Auxiliares: Francisco Mondria e Raul Orellana (ambos do Chile)
THE STRONGEST: Vaca; Bejarano, Marteli, Maldonado e Cristaldo; Veizaga, Castro, Chumacero e Pablo Escobar; Alonso e Ramallo
Técnico: César Farías
SÃO PAULO: Denis; Bruno, Maicon, Rodrigo Caio e Mena; Hudson, Thiago Mendes, Wesley, Ganso (Kelvin) e Michel Bastos; Calleri
Técnico: Edgardo Bauza