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O risco de Edgardo Bauza ser demitido se não classificar o São Paulo para as oitavas-de-final da Libertadores é igual ao de qualquer treinador no Brasil que sofre com resultados ruins. A pressão dos conselheiros amadores, da torcida, toda a cultura do futebol. Dizemos que os técnicos são superestimados e quando há maus resultados aponta-se imediatamente e somente para o treinador.
O São Paulo não faz isto neste momento.
A percepção da diretoria desde o final do ano passado é de que deveria haver reforma profunda no elenco. Esse pensamento existia antes da goleada por 6 x 1 para o Corinthians, em novembro, foi reforçado pelo vexame em Itaquera e só não levou à reforma mais ampla em janeiro por falta de dinheiro.
Dos reforços do início do ano, Calleri, Lugano, Mena, Kelvin, Maicon e Kieza, apenas o último representou custo. Não havia grana, mas a situação melhorou depois da assinatura do novo contrato de televisão. Agora não há folga, mas há como investir um pouco mais.
A avaliação da diretoria é a de que Bauza não recebeu os meios para fazer um trabalho melhor do que está fazendo. Isto diminui as chances de demissão no caso de derrota para o Strongest, quinta-feira.
Diminui.
Impossível dizer que não exista chance, porque a pressão sobre a diretoria existirá. A ideia é conseguir a classificação na Libertadores. No caso de eliminação, a avaliação é pela manutenção da comissão técnica e resistir à pressão.
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