Vida política do São Paulo lembra piores dias de Corinthians e Palmeiras

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UOL

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A expulsão de Carlos Miguel Aidar do Conselho Deliberativo é justa. A de Ataíde Gil Guerreiro, um absurdo. A expulsão de Aidar deu-se por acusações de corrupção. A de Ataíde não tem nenhum envolvimento nem indício de recebimento ilegal. Sua exclusão deveu-se à tentativa de agressão ao ex-presidente Carlos Miguel Aidar.

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A união das duas punições dá-se exclusivamente como demonstração de força política de uma oposição rachada e que pela primeira vez aglutinou-se em nome de uma causa. O presidente do Comitê de Ética, Ópice Blum, é candidato a candidato à presidência. Impossível dizer se conseguirá emplacar sua candidatura numa chapa de oposição que hoje teria nomes mais fortes, como Fernando Casal de Rey, que não deseja a presidência, mas não tem rejeição entre seus pares.

Logo depois da exclusão, Ataíde Gil Guerreiro enviou carta ao presidente Leco anunciando sua renúncia do cargo de diretor de relações institucionais. Na carta, se diz aborrecido com a exclusão e julga a renúncia o melhor caminho para não atrapalhar a candidatura de Leco à reeleição. Sua avaliação é de que as expulsões demonstraram, mais do que união das oposições, dificuldade da situação influenciar as decisões do Conselho Deliberativo. Deixar a diretoria é a maneira encontrada para melhorar a situação politica do presidente, em tempo de tentar ganhar as eleições do ano que vem.

Tudo isso mostra que o São Paulo vive um caos político inimaginável há cinco anos e que se assemelha aos tempos de debates intermináveis nas vidas políticas de Corinthians e Palmeiras.

Hoje, corintianos e palmeirenses convivem em paz relativa dentro de seus conselhos. O São Paulo em guerra aberta.