Vilaron aponta passo “incalculável” do São Paulo em goleada na Libertadores

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SporTV.com

Comentarista do SporTV elogia setor ofensivo do Tricolor após vitória por 4 a 0 contra o Toluca, no Morumbi, mas cita altitude e equipe diferente dos mexicanos para a volta

Num Morumbi cheio e com o clima que o torcedor tricolor se acostumou a ver em jogos decisivos da Libertadores, o São Paulo venceu o mexicano Toluca por 4 a 0, nesta quinta-feira, e encaminhou sua classificação às quartas de final da Libertadores. O comentarista do SporTV Wagner Vilaron considerou a goleada um passo “incalculável”, embora tenha evitado cravar a passagem de fase do time, lembrando o contexto diferente que o time de Edgardo Bauza encontrará fora de casa.

– Mais de 53 mil pessoas saem do Morumbi felizes. A gente vê a dúvida no início, “como o São Paulo vai se comportar?”, “será que se vencer por um gol é legal? Dois ou três, para ficar mais tranquilo?” Por quatro eu diria que, só não vou bancar que o São Paulo resolveu essa fatura em casa primeiro, porque é futebol. A gente tem que considerar o imponderável. Segundo, porque o Toluca jogou desfalcado. Embora o São Paulo tenha feito o melhor primeiro tempo do ano, superior até mesmo ao que fez contra o River aqui, precisa jogar. Mas o São Paulo deu um passo incalculável rumo à próxima fase – afirmou.

São Paulo x Toluca Michel Bastos gol 5 (Foto: Rubens Chiri/saopaulofc.net)
Michel Bastos abriu o placar para o São Paulo no Morumbi (Foto: Rubens Chiri/saopaulofc.net)

Na próxima quarta-feira, dia 4 de maio, o Tricolor pode perder por até três gols de diferença. Se marcar um gol, o Toluca terá de marcar seis vezes para se classificar. Se o placar da primeira partida se repetir a favor dos mexicanos, o classificado será conhecido nos pênaltis. Vilaron lembrou os 2.600 metros de altitude e a volta da equipe titular do adversário, mas, ao mesmo tempo, apontou o jogo impecável do setor ofensivo do time brasileiro.

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– (A altitude) Atrapalha, isso é fato. E vale lembrar o comportamento do Toluca na primeira fase contra o Grêmio. Em casa, mesmo com um jogador a menos desde o primeiro tempo, fez uma pressão muito grande, não deixou o Grêmio jogar, e era mais ou menos esse estilo de jogo que a gente esperava ver. Mas, com cinco desfalques, fica difícil manter essa intensidade, esse ritmo e entrosamento. Então, lá a história é diferente, não só pela altitude como pela formação do Toluca, que deve jogar com a equipe titular. Isso dificulta um pouquinho. Mas, quando você fica na dúvida de como o São Paulo vai se comportar sem o Calleri, por exemplo, vê movimentação: todo mundo apareceu, com três jogadores fazendo gol, o Ganso não marcou, mas fez um “partidaço”. Do meio para a frente foi praticamente perfeito.

Vilaron ainda avaliou o trabalho do argentino Edgardo Bauza. Ele lembrou o tempo que tem sido dado para o técnico trabalhar mesmo diante de tropeços e resultados ruins na temporada, e ainda o seu foco na vitória.

– Depois que ganha como ganhou, a gente tende a contemporizar um pouco mais. O Bauza, como qualquer treinador, acertou bastante e errou em outras vezes. O Centurión entrou, fez uma grande partida, mas em alguns momentos acabou  enaltecendo o poder de marcação do Centurión. E aí é uma questão conceitual. Acho importante que o jogador tenha multifunções, mas quando você escala de forma recorrente, no caso de um atacante, pelo bom poder de marcação, já existe uma distorção. E o Centurión provou que pode ser escalado porque é atacante, porque sabe fazer gols e participar das jogadas. Nesse momento em que o Bauza se adapta ao futebol brasileiro, se adapta ao confuso São Paulo, ele precisava de tempo, e está tendo esse tempo. E a tendência é que comece a mostrar resultados – concluiu o comentarista.

Em noite de Centurión, com dois gols do atacante argentino, o São Paulo ainda marcou com Michel Bastos e Thiago Mendes.