A classificação heroica do São Paulo às oitavas de final da Copa Libertadores renovou a confiança de atletas que não vinham mostrando serviço nessa temporada. O empate por 1 a 1 com o Strongest, de acordo com o volante Wesley, serviu para que o técnico Edgardo Bauza tivesse uma real dimensão da contribuição que ele pode dar ao time tricolor. O jogador foi uma das surpresas na escalação do Patón e atuou durante os 90 minutos do confronto.
A fim de proteger a zaga na altitude de La Paz, Bauza deixou Paulo Henrique Ganso na reserva e formou uma linha com três volantes no meio-campo. Como João Schmidt estava suspenso – e lesionado -, coube a Wesley exercer a função ao lado de Hudson e Thiago Mendes. “Tenho que trabalhar. É o que eu sempre faço, o que sempre confiei. Tenho autoconfiança e o apoio da minha família”, afirmou o jogador.
Wesley disse não se incomodar com a pressão por boas atuações e nem com as críticas da torcida. Ele fez poucas partidas como titular no ano e ainda é considerado um coadjuvante no time de Bauza. “Eu não sou nenhum menino. Independentemente de qualquer tipo de situação, eu sou maduro e trabalho para caramba. E estou esperando a minha oportunidade. Ele me deu essa oportunidade em uma hora boa e conseguimos a classificação, que foi o mais importante”.
A presença de Wesley em campo também agradou outros são-paulinos. O zagueiro Maicon, um dos destaques na partida, valorizou a entrega do companheiro. “Todos foram heróis. Todo mundo batalhou e se entregou na altitude. O próprio Wesley, que há tempos não jogava os 90 minutos, se entregou e se dedicou ao máximo”, avaliou.
Apesar de ter gostado da própria atuação, Wesley deverá voltar ao banco de reservas na partida da próxima quinta-feira, contra o Toluca-MEX, no estádio do Morumbi. Para o jogo de ida das oitavas de final, Bauza poderá optar pela volta do esquema tático com dois pontas abertos nas laterais do campo. A mudança implicará no retorno de Ganso à equipe titular e na escalação de Thiago Mendes ao lado de Hudson.
Wesley foi fundamental na Bolívia. Fez uma partida quase primorosa e talvez tenha sido o melhor jogador da partida. Abusou da experiência, prendendo a bola no ataque quando o time estava no sufoco e precisando segurar o resultado. Chutou uma bola perigosa no gol adversário, no primeiro tempo. Ainda por cima, criou uma excelente chance para a vitória no fim, ao escapar pela esquerda, driblar adversários e deixar a bola limpa para o Kelvin concluir (este, cansado, não conseguiu por força na bola).
Parabéns ao Wesley e que faça outras partidas tão boas como essa.
Se jogar como jogou em La Paz brigará muito por uma vaga com J. Schmidt, e até mesmo pode jogar no lugar no Michel Bastos, pois foi muito bem pela esquerda contra o The Strongest.
Estamos com um elenco muito pequeno e os que tem são jogadores que não são bons ou estão em péssima fase. Kardec, Wesley e Centurión poderiam voltar as suas melhores fases. Ajudariam muito o SP.