Jogo decisivo, pressão, estádio cheio, altitude. Para enfrentar todos esses adversários, nada melhor do que contar com suas principais armas. E o São Paulo terá o goleador Calleri de volta na partida desta quarta-feira, contra o Toluca, válida pelas oitavas de final da Taça Libertadores da América. Artilheiro da competição, com oito gols, o camisa 12 retorna após ter cumprido suspensão no jogo de ida pela expulsão ocorrida na partida contra o The Strongest.
(Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net)
O que se pode perceber nos treinamentos realizados em Acapulco é que o argentino está cada vez mais à vontade no São Paulo. Na segunda-feira, após o trabalho tático comandado pelo técnico Edgardo Bauza, foi permitida a realização de um rachão e o atacante não titubeou em pegar luvas emprestadas e jogar como goleiro. Mostrou categoria em alguns lances, mas acima de tudo, brincou muito com os companheiros.
Os números comprovam o bom momento do matador são-paulino. Ele fez gols em todos os rivais do São Paulo na Libertadores. Ao lado de Luis Fabiano, Calleri é o maior artilheiro da equipe em uma mesma edição do torneio. Além disso, seus gols ajudaram o Tricolor a se tornar o time brasileiro com maior número de gols de estrangeiros na competição sul-americana: 25. Para atingir esta marca, ao longo dos anos, o tricampeão contou com os tentos de Pedro Rocha (dez), Calleri (oito), Centurión (quatro), Darío Pereyra (dois) e Diego Lugano (um).
Outra coisa que chamou a atenção é que todos os companheiros que conversaram com os jornalistas comemoraram a volta do jogador. Para Michel Bastos, a presença de Calleri encorpa ainda mais o time que vive seu melhor momento na temporada.
– Ele é o nosso artilheiro, é sempre importante contar com um jogdor como ele. Na primeira partida, o Bauza foi obrigado a mexer e foi muito feliz com a entrada do Centurión, que fez uma grande partida, estava precisando de um jogo assim para ganhar confiança – afirmou o camisa 7.
Para o técnico Edgardo Bauza, a presença de Calleri não é importante apenas no aspecto ofensivo.
– Calleri ajuda, tem um espírito de luta muito grande, contribui também na parte da defesa. Nada do que ele vem mostrando é surpresa para mim – ressaltou o comandante são-paulino.
Já Kelvin lembra que o argentino tem um estilo de jogo que se encaixa muito bem com os velocistas da equipe, casos dele e de Michel Bastos.
– O Calleri segura muito bem a bola, o que permite a aproximação de quem vem de trás. Com certeza é um jogador que quando não está em campo, faz falta.
Vale lembrar que Calleri tem contrato com o São Paulo até o dia 30 de junho. Mas caso o São Paulo garanta vaga nas semifinais da Taça Libertadores, seu contrato será renovado automaticamente por mais um mês. A equipe do Morumbi tenta encontrar alternativas de garantir a permanência do jogador pelo menos até o final do ano.
O atacante adotou o máximo de concentração para o confronto desta quarta-feira, tanto que recusou todos os pedidos de entrevistas. Sorrisos apenas para os companheiros e para as crianças que assistiram ao treino da equipe na Cancha Diamante. Mais do que nunca, o atacante está pronto para a decisão.