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O técnico do São Paulo finalmente pôde comemorar uma vitória fora dos domínios de sua equipe. Após o triunfo sobre o Botafogo, por 1 a 0, na manhã deste domingo, pela primeira rodada do Campeonato Brasileiro, o argentino elogiou o setor defensivo e o trabalho coletivo exercido pelos reservas tricolores em Volta Redonda, no Rio de Janeiro.
Nada menos que seis atletas revelados nas categorias de base do clube do Morumbi estiveram em campo nesta manhã. Auro, Lyanco, Lucão, Matheus Reis, Banguelê e Lucas Fernandes, autor do gol da vitória, saíram de Cotia para compor o elenco profissional.
“Defensivamente, a equipe foi muito bem e ganhamos uma partida que surpreendeu por todos esses garotos que não vinham jogando. São bons valores e me alegro por isso”, avaliou o Patón, que conquistou seu primeiro triunfo como visitante sob o comando do time do Morumbi. “Três pontos realmente muito bons. São muito valorizados, porque esse é um time que trabalhou três dias apenas, então realmente estou muito satisfeito com isso”, vibrou.
Questionado se elegeria algum destaque individual na vitória sobre o Alvinegro, Bauza preferiu enaltecer o trabalho em equipe e a raça de seus atletas. “A equipe (foi um destaque), não apenas um ou outro. Kardec, mesmo machucado nos últimos dez minutos, não parou e seguiu correndo. A equipe mostrou uma entrega total, correram muito para poder marcar o Botafogo, que tentou por todos os lados e terminou com quase quatro ou cinco atacantes. Seria injusto citar apenas um. Acredito que a equipe foi de um esforço muito grande e, por isso, recebemos esse prêmio”, ressaltou.
O Patón ainda explicou por que reclamou tanto com a arbitragem durante a partida, truncada em sua maioria. O time reserva do São Paulo levou cinco cartões amarelos (Banguelê, Wilder, Matheus Reis, Lucas Fernandes e Thiago Mendes), ao passo que pelo lado do Botafogo, apenas Leandrinho foi advertido. De acordo com o argentino, o juiz apitou de forma diferente para cada equipe e errou ao assinalar impedimento no gol legal de Centurión, nos minutos finais do duelo.
“Quanto ao árbitro, o gol anulado não é culpa dele, mas sim do assistente. Todos vimos que (o Centurión) veio de trás e que não havia impedimento. Mas, bom, foi um erro. Fiquei nervoso com o árbitro porque me pareceu que não utilizou o mesmo critério. Em algumas faltas, que também deviam ser punidas, como puniu os nossos jogadores. Isso é o que eu reclamava, que o critério utilizado não era o mesmo”, esclareceu.
Agora, o São Paulo mira suas atenções para quarta-feira, quando enfrentará o Atlético-MG, pelo segundo jogo de quartas de final da Copa Libertadores da América, em Belo Horizonte – motivo pelo qual o Patón usou 11 reservas neste domingo. O Tricolor, após vencer a ida por 1 a 0 no Morumbi, joga por um empate no Estádio Independência.
“Tenho a equipe na cabeça, mas ainda temos três dias. São dois times que vão dar tudo. É uma partida decisiva, vamos nos preparar bem”, despistou Edgardo Bauza.