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Treinador diz que já não precisa cobrar atletas para que se “sacrifiquem” em
campo e destaca boa sequência de Lugano como titular diante do Figueirense
Motivado pela presença nas semifinais da Taça Libertadores, o São Paulo tem mantido o espírito aguerrido no Campeonato Brasileiro e deu provas disso ao vencer seu primeiro clássico na temporada, contra o Palmeiras, no último domingo, no Morumbi, por 1 a 0. Em entrevista ao “Seleção SporTV”, o técnico Edgardo Bauza destacou que o elenco já não precisa de sua intervenção para apresentar comprometimento em campo. Segundo ele, qualquer jogador que se doe menos perde sua vaga na equipe – o que não tem acontecido com ninguém, garantiu.
– Basicamente, o que fizemos é, primeiro, respeitar essa história. São Paulo tem uma história que é pesada e temos que defendê-la. É isso que propus ao São Paulo. Muito sacrifício. Defender a camisa e a história que tem o São Paulo. Esse compromisso adquiriram todos os atletas. Hoje fico contente em ver a equipe assim, mais do que jogue bem ou mal. Há regras que são restritas. Jogador que para sai. Ninguém pode parar. Sacrifício é de todos. As partidas dizem isso. Podemos jogar, mas o sacrifício e a entrega são totais – afirmou.
No comando do São Paulo desde dezembro do ano passado, Bauza destacou a evolução pessoal dos jogadores e citou o exemplo de Lugano, que entrará em campo diante do Figueirense, nesta quarta-feira, como titular, novamente, após ter começado o clássico contra o Verdão, vencido por 1 a 0. É a primeira vez que o zagueiro uruguaio disputa dois jogos em um espaço de três dias.
– Em relação a Lugano, estamos tratando para que possa ter uma continuidade nos jogos que o leve a ficar melhor do que está. Esta partida seria a primeira vez que vai jogar depois de três dias. Antes, vinha sendo uma vez por semana. Nesta, vai jogar depois de três dias. É importante pelo que transmite, pelo que brinda à equipe, não apenas futebolisticamente, mas sua presença, sua liderança. Se transforma em um jogador importante para o São Paulo – disse.
Bauza ainda disse que a reta final da Taça Libertadores terá prioridade em relação ao Campeonato Brasileiro. O São Paulo encara o Atlético Nacional, da Colômbia, no dia 6 de julho, pelas semifinais, no Morumbi. O técnico argentino admitiu que o Tricolor não possui elenco para dar o mesmo peso às duas competições.
– Espero que cheguemos à final. Não vai ser fácil a partida com o Nacional. Se chegarmos, daremos a importância. No Brasileiro, não teremos duas equipes para colocar. Não é o mesmo jogar Ganso ou Lucas Fernandes, por mais que Lucas Fernandes seja uma aposta importante e vá ser um grande jogador. Não está pronto para assumir protagonismo de outro jogador. Primeiro, que cheguemos a esta instância. Depois, vamos trabalhar com a lógica. Tudo indica que vamos dar prioridade caso cheguemos à final – apontou.
O São Paulo volta a campo nesta quarta-feira, às 21h45 (de Brasília), diante do Figueirense, pela 5ª rodada do Campeonato Brasileiro. O time paulista é o sexto colocado na tabela, com sete pontos, e acumula duas vitórias, um empate e uma derrota.