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A diretoria do São Paulo apresentou oficialmente nessa terça-feira a camisa que estampará a logomarca da empresa de planos de saúde Prevent Senior. Em entrevista coletiva no CCT da Barra Funda, os dirigentes tricolores alfinetaram a gestão anterior e destacaram que o acordo é uma prova da recuperação da credibilidade do clube no mercado financeiro. Não houve menção direta ao nome do ex-presidente Carlos Miguel Aidar, mas a reviravolta nos bastidores marcou o discurso de todos os presentes à mesa.
O presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, brincou com a nova patrocinadora ao dizer que se associou à empresa em setembro de 2014. “Parece uma premonição desse momento importante que vivemos”, afirmou. O mandatário foi eleito ao cargo após Aidar renunciar em meio a diversos escândalos de corrupção. Segundo o representante da Prevent Senior, Gilberto Menin, a troca de gestão foi fundamental para abertura das negociações com o clube.
“O São Paulo sempre foi um time que, além de ser vencedor, era um exemplo de gestão. Notadamente agora, com essa nova gestão, a empresa faz questão de acompanhar [o clube]”, declarou Menin.
A Prevent Senior firmou contrato com o Tricolor até dezembro desse ano, sendo que há uma cláusula de renovação automática, e não teve os valores do vínculo revelados. A marca já apareceu na camisa do time durante a vitória por 1 a 0 sobre o Palmeiras, no domingo, no Morumbi.
Segundo o diretor de marketing do clube, Vinicius Pinotti, “o São Paulo voltou a ser desejado, apesar do momento desafiador da economia e do país”. O Tricolor estava sem um patrocinador máster desde julho de 2014, quando se encerrou o acordo com a Semp Toshiba.
“Nossa diretoria pegou essa camisa limpa, sem nada, e hoje apresentamos nosso maior parceiro. É um motivo de muita realização. Não mostramos só uma marca, um patrocínio, mas uma gestão. O São Paulo mudou”, disse.
Pinotti destacou que as finanças do clube “estão melhorando bastante” devido às novas receitas do marketing e de um trabalho de “tratamento dos compromissos e dívidas do São Paulo”. “Nós estamos dando um passo de cada vez e estamos melhorando muito. Isso não melhora apenas os números em si, mas também a credibilidade. Antes os bancos não conversavam conosco. Hoje eles fazem questão de sentar com o São Paulo”, declarou.
A crise financeira do São Paulo obrigou a diretoria a agir de forma comedida no mercado de transferências. Nessa temporada, o time apostou em reforços com “custo zero” e em contratos de curta duração com jogadores. Maicon e Calleri, dois destaques no primeiro semestre, possuem vínculo até o dia 30 de junho e negociam para renovar.
A prioridade do momento é o zagueiro, cujo contrato se encerra antes das semifinais da Libertadores, em 6 e 13 de julho. Já o argentino está confirmado no clube até o final da competição internacional.