O presidente do São Paulo, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, revelou na tarde desta terça-feira que o São Paulo enviou uma reclamação à Conmebol, alertando sobre possíveis erros que o clube teria sido vítima durante a participação na Copa Libertadores.
O anúncio foi realizado no gramado do Morumbi, logo após o último treino da equipe antes de enfrentar o Atlético-MG, pelas quartas de final. De acordo com o dirigente, o clube tricolor tem preocupação com o que tem acontecido na arbitragem e por isso decidiu se manifestar junto à entidade.
“É inegável que o São Paulo, dentro do contexto importante de quartas, tem preocupação com a arbitragem. Essa preocupação foi manifestada ontem à Conmebol no sentido de que o São Paulo em algumas situações teve problemas e que esperamos que não aconteça”, disse.
Leco elencou os possíveis erros até aqui e criticou duramente os episódios na partida contra o The Strongest-BOL, na última rodada do grupo 1. De acordo com o dirigente tricolor, o clube paulista foi alvo de provocações do quarto árbitro naquela ocasião.
“Contra o River, tivemos um pênalti escandaloso no Calleri que não foi dado. Fomos prejudicados contra o Strongest na Bolívia. Existem situações específicas que causam certo mal estar”, comentou.
“As coisas aconteceram recentemente, aconteceram grandemente contra o Strongest. O 4º árbitro, que sempre é local, tenho a impressão que os brasileiros são corretos, rigorosos, sérios. Infelizmente não aconteceu no jogo contra o Strongest. Foi ele que assediou e intimidou o nosso banco durante a partida. Foi ele que pediu que expulsasse o Calleri e isso ficou claro”, aumentou.
Apesar das reclamações, Leco afirmou que não tem nada contra o árbitro colombiano Wilmar Rondán, que será responsável pelo jogo diante do Atlético-MG. Vale lembrar que o juiz teve problemas com os são-paulinos recentemente.
Em 2011, o colombiano apitou a derrota por 2 a 0 para o Libertad, em Assunção, que custou a eliminação do time na Copa Sul-Americana. Após o jogo, ele expulsou o lateral-esquerdo Juan e foi acusado pelo jogador de ter proferido ofensas racistas.
Dois anos depois, em março de 2013, em um jogo válido pela Copa Libertadores, Roldán voltou a provocar a fúria dos são-paulinos ao apitar um empate por 1 a 1 com o Arsenal de Sarandí, no Pacaembu. Ele marcou um pênalti controverso para os argentinos, aos três minutos do segundo tempo, e expulsou o atacante Luis Fabiano ao término do confronto.
“Nada que se refira ao Wilmar Rondán, que é qualificado, sério. Esperamos que ele, com sua qualidade, tenha uma boa arbitragem, mas algumas situações fizeram com que nos dirigíssemos à Conmebol para registrar o que entendemos”, afirmou.
Por último, o presidente tricolor evitou falar sobre como o Atlético-MG pode receber o anúncio de uma reclamação formal na véspera do primeiro duelo da eliminatória, que acontece no Morumbi.
“Não posso falar sobre o Atlético-MG. Fiz aquilo que me parece importante para os interesses do São Paulo. Se for internacional, sem problema. Não queremos ninguém que ajude, só que não prejudique”, concluiu.