Do vexame de perder para o Strongest-BOL na estreia ao posto de único brasileiro presente na semifinal da Copa Libertadores. A evolução do São Paulo no torneio continental contrapõe não apenas o mau início na disputa como também o investimento feito para ela. Apesar de priorizar a taça, a equipe tricolor foi a que menos gastou em relação aos conterrâneos.
Com exceção da vinda do atacante Kieza, os outros cinco jogadores contratados pela diretoria tiveram custo baixo ou zero.
O atacante Calleri veio emprestado sem custos pelo Deportivo Maldonado-URU até 30 de junho – deve ficar para a disputa da semifinal com um aditivo contratual.
O atacante Kelvin foi cedido gratuitamente pelo Porto-POR até o final da temporada, clube que também emprestou o zagueiro Maicon até 30 de junho de 2016 – este só ficará para a semifinal se for contratado.
O lateral Mena foi outro que chegou sem custos, emprestado pelo Cruzeiro até dezembro.
O zagueiro Lugano, cuja contratação foi uma exigência da torcida, teve custo baixo. Para tirá-lo do Cerro Porteño-PAR, o São Paulo teve de realizar um amistoso contra o rival, no Paraguai, o que gerou despesas com viagem/hospedagem em Assunção.
Kieza foi exceção porque custou US$ 1 milhão (na época R$ 4 milhões) para ser contratado do Shanghai Shenxin, da China – o jogador já deixou o clube e foi para o Vitória.
RIVAIS GASTÕES
O investimento do São Paulo foi baixo considerando os rivais Atlético-MG, Corinthians, Grêmio e Palmeiras, todos já eliminados na Libertadores.
O Corinthians trouxe dez reforços e gastou cerca de R$ 44 milhões. Três vieram sem custo: o goleiro Douglas, o zagueiro Vilson e o volante Willians, todos emprestados.
A mais cara contratação alvinegra foi Marquinhos Gabriel, que custou 3 milhões de euros (cerca de R$ 12 milhões) aos cofres e jogou apenas 31 minutos na Libertadores – na eliminação para o Nacional-URU, nas oitavas de final.
O Atlético-MG, que caiu na quartas para o São Paulo, investiu: R$ 21,1 milhões. Apesar de ter trazido Robinho de graça da China, o time acabou pagando mais por nomes como o atacante Clayton (R$ 12 milhões) e o meia Cazares (R$ 5,3 milhões).
Eliminado nas oitavas, o Grêmio investiu R$ 17,9 milhões somente no atacante Bolaños, o único dos cinco reforços que teve custo para a equipe tricolor.
O Palmeiras, que foi o clube que mais contratou nas duas últimas temporadas, foi mais moderado neste início de ano. Trouxe oito jogadores para disputar a Libertadores e gastou R$ 16 milhões, sendo que o mais caro foi o atacante Erik: R$ 12 milhões. Ainda assim a equipe caiu na fase de grupos do torneio continental.