Edwar Folli Jr., perito criminal do setor de engenharia do Instituto de Criminalística da Polícia Civil, vistoriou o local, tirou fotos, fez medições e deixou o Morumbi com um cano na mão – um dos suportes da grade que ficam presos ao chão do setor térreo. Mesmo antes de enviar o material para análise, ele apontou corrosão e disse que o trabalho no estádio não foi bem feito.
– Houve corrosão. Vamos mandar para o laboratório para ver que tipo de corrosão, mas é muito evidente, dá pra ver que estava fragilizado. É um problema de material, toda solda leva à corrosão, por vários fatores – afirmou Folli.
O ambulatório do local atendeu 16 torcedores, sendo sete levados a hospitais com ferimentos mais graves, mas sem riscos de morte. Um dos torcedores, Luís Fernando Aguiar, gravou o momento do gol e da própria queda (veja acima).
Os próximos passos só serão decididos depois de uma análise mais profunda, mas a perícia já apontou que o problema do local onde a grade cedeu se repete em todo o anel inferior do Morumbi, pois trata-se do mesmo material.
– Não é feito para suportar a tensão que suportou, é feito como um guarda-corpo. Se tem 20 pessoas empurrando, a tensão é muito maior. Um fator evidente é a corrosão. Tem que refazer. O trabalho não foi bem feito, é evidente que está frágil. E esse gradil que rompeu é todo assim.
O São Paulo só voltará a jogar no Morumbi no dia 22, na segunda rodada do Brasileirão, contra o Internacional. Caso consiga eliminar o Atlético-MG na próxima quarta-feira, no Independência – jogará por um empate –, a semifinal da Libertadores está marcada para o começo de julho, depois da Copa América Centenário.