Em lua de mel com a torcida após a goleada por 4 a 0 sobre o Toluca e a vaga praticamente confirmada nas quartas de final da Copa Libertadores da América, o São Paulo quer usar o duelo contra os mexicanos, na quarta-feira, às 19h15 (de Brasília), para quebrar uma “maldição” que acompanha o time na temporada: em 12 partidas disputadas como visitante, a equipe ainda não conseguiu nem uma vitória sequer.
No total, foram quatro derrotas e oito empates, contando jogos pelo Paulista e pela própria Libertadores. No torneio continental, por sinal, apesar da marca, o clube pode dizer que também não perdeu: contra Universidad César Vallejo, River Plate, Trujillanos-VEN e The Strongest-BOL, o resultado foi o mesmo: 1 a 1. Os reveses ficaram para o Estadual: contra Corinthians, Ponte Preta, São Bento e Audax.
Ainda que evite falar sobre o posto praticamente certo, os jogadores do Tricolor sabem que apenas uma catástrofe na cidade de Toluca tiraria essa vaga nas quartas. Por isso, uma das formas de manter a atenção do elenco é colocar como desafio um triunfo em território adversário.
“É algo que incomoda bastante a gente, sabemos da nossa força no Morumbi, mas precisamos fazer uma boa partida fora. Encaminhamos bem a nossa classificação, então a gente precisa ir focado porque isso (vitória no México) vai nos dar bastante confiança”, avaliou o zagueiro Rodrigo Caio. Para ele, inclusive, a queda diante do Audax, no Paulista, foi essencial para que o time chegasse ao nível apresentado na Libertadores.
“A gente tinha o objetivo de chegar as finais, era o caminho mais próximo para o título, mas isso teve um lado bom também. Tivemos um pouco mais de tempo para treinar, se preparar para os jogos. Com os treinamentos a gente conseguiu encaixar, temos demonstrado uma intensidade muito alta nos jogos. A equipe está crescendo, evoluindo, tem muito a mostrar e tenho certeza que vamos conquistar muitas coisas boas no ano”, observou.
Para Rodrigo, o Tricolor está crescendo na hora certa, já que teve um início errante sob a batuta de Edgardo Bauza, mas superou as dificuldades para se classificar contra o Strongest, na altitude de 3.600m de La Paz. Na avaliação do atleta, isso é uma prova de que o elenco sabe como encarar os chamados “jogos grandes”.
“Nosso time, sempre quando foi pressionado, rendeu o que esperava. Deixamos a desejar individualmente e coletivo no começo. A gente é cobrado toda hora e precisa mostrar. Não precisa estar numa fase ruim para colocar a cabeça no lugar e melhorar. Nesse momento, o time está focado, pensamento diferente. Precisamos aproveitar a Libertadores, competição que o São Paulo tem uma identificação muito grande está fazendo muito bem para a gente”, encerrou.