Análise: São Paulo erra na estratégia, acorda tarde e não evita revés em SC

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Yan Resende – GloboEsporte.com

Com Auro, São Paulo buscará mais a linha de fundo pela direita (Foto: GloboEsporte.com)Com Auro no lugar de Kelvin, São Paulo buscaria mais a linha de fundo pela direita

Edgardo Bauza imaginou que o São Paulo não sentiria as ausências de Maicon e Kelvin para enfrentar o Figueirense nesta quarta-feira, mas se enganou. Desatento no início, o Tricolor levou o gol aos 15 minutos do primeiro tempo e não teve forças para evitar a derrota por 1 a 0 no Orlando Scarpelli, pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro.

Aquele São Paulo que sobrou na vitória sobre o Palmeiras, por 1 a 0, não jogou a etapa inicial em Florianópolis. É bem verdade que o técnico fez duas modificações na equipe: Maicon e Kelvin foram poupados para as entradas de Lucão e Auro, respectivamente. Mas isso não justifica a drástica mudança de postura entre um jogo e outro.

o São Paulo tinha a posse de bola, Alan Kardec tocou para trás, porém Thiago Mendes se atrapalharam. O Figueirense, bem mais ligado, aproveitou a velocidade de Ermel e quase levou perigo com poucos segundos de jogo.

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Maicon fez falta ao São Paulo. O lado esquerdo da defesa tricolor, com Lucão e Matheus Reis, deu espaço para os catarinenses pressionarem desde os minutos iniciais. A equipe da casa acelerou o ritmo e se deparou com o adversário em outra voltagem. Era questão de tempo para o primeiro gol do jogo.

Saiu aos 15 minutos, pelo lado direito do ataque alvinegro. Ayrton fez o passe em profundidade eMatheus Reis não acompanhou a descida de Ermel. O meia fez cruzamento, Lucão tentou cortar, mas fez com que a bola chegasse com perfeição à cabeça de Rafael Moura. O trabalho do centroavante foi só escorar para as redes.

Bauza deixou o time mais ofensivo no segundo tempo, recuando Ganso no meio-campo (Foto: GloboEsporte.com)Bauza deixou o time mais ofensivo no segundo tempo, recuando Ganso no meio-campo do São Paulo

Pouco antes do gol, Wesley sentiu incômodo na coxa direita. O que parecia problema para o São Paulo fez o time melhorar. João Schmidt entrou com a responsabilidade de fazer a cobertura do lado esquerdo da defesa, e soube organizar a marcação tricolor. Após o susto inicial, a partida passou a ser mais equilibrada.

A melhora ainda não foi o suficiente para agradar Patón – foram apenas três finalizações na primeira etapa. O argentino percebeu que Auro não conseguiu suprir a ausência de Kelvin. Já no intervalo, o atacante, que treinou entre os reservas ao longo da semana por causa de um desconforto muscular, precisou sair do banco de reservas.

A alteração, aliada à mudança de postura da equipe, mostrou um São Paulo bem diferente na volta do intervalo. Em busca do gol de empate, o Tricolor tentou encurralar o Figueirense no campo de ataque, mas faltava eficiência. Ao longo dos 90 minutos, o time de Bauza levantou 23 bolas na área, mas com apenas duas cabeçadas.

Mais recuado, Ganso teve a responsabilidade de organizar o quarteto ofensivo do São Paulo (Foto: GloboEsporte.com)Mais recuado, Ganso teve a responsabilidade de organizar o quarteto ofensivo do São Paulo no final da partida

Patón, obviamente queria mais. A maior posse de bola (63% x 37%) precisava ser convertida em bola nas redes. A alternativa foi sacar o volante Thiago Mendes para a entrada do meia-atacante Rogério. Ganso, convocado para a seleção brasileira horas antes do duelo, passou a atuar como segundo volante com a responsabilidade de dar qualidade à saída de bola.

O jogo ficou bem aberto no fim. Na defesa, Denis mostrou serviço quando exigido. No ataque, faltou pouco para o São Paulo evitar a derrota. O chute de Kelvin carimbou a trave, e Rogério tirou tinta da trave. A desatenção no início custou caro.

1 COMENTÁRIO

  1. Não acredito que tem uns idiotas que viram uma boa atuação do Velhugano, só vi que ele ficou perdido quando recebeu uma do bola do Denis na lateral e na outra foi cabecear e passou reto. Se for para dar dinheiro para o Uruguaio podem dar mas que ele fique fora do nosso tricolor. Volta logo Maicon, Rodrigo Caio e Lyanco.