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A saída do ex-diretor de futebol do São Paulo, Luiz Cunha, repercutiu nessa sexta-feira durante a entrevista coletiva que o técnico Edgardo Bauza concedeu no estádio do Morumbi. O dirigente, que pediu demissão há três dias, alegou que um dos motivos que o fez deixar o cargo foi a relutância em aceitar a contratação do meia-atacante Christian Cueva. A vinda do jogador peruano foi um pedido do Patón à diretoria, mas o treinador negou ter qualquer interferência nas decisões de Cunha.
“Eu não creio que a saída de Luiz Cunha se deu por uma intervenção ou opinião minha. Não creio. Foi uma decisão política. E eu falei para os atletas que não temos nada a ver com isso. Em primeiro lugar, os assuntos da diretoria não nos competem, porque nós não tomamos essas decisões. Depois, em nenhum momento isso interferiu no nosso trabalho. Não temos nada a ver com isso”, afirmou.
Após a demissão, Cunha disse que não concordava com o investimento de R$ 8,8 milhões na contratação do atleta que pertencia ao Toluca-MEX. O dirigente acreditava que o São Paulo deveria poupar essa quantia para assegurar a permanência do zagueiro Maicon, que possui contrato até o dia 30 de junho e corre o risco de perder as semifinais da Copa Libertadores, marcadas para os dias 6 e 13 de julho. Para Bauza, no entanto, a vinda de Cueva não provocará conflitos com as negociações pelo defensor.
“Não tenho nada a ver com isso. As conversas com Maicon começaram um mês antes da chegada de Cueva. E vão seguir, vai saber quando elas terminarão. Oxalá que o resultado seja positivo. Mas eu não creio que ela vai interferir na chegada dos outros jogadores que estamos conversando”, disse o Patón.