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Não foi apenas a preocupação em alcançar o valor desejado pelo Porto, de Portugal, que pautou o São Paulo na negociação pela permanência de Maicon. A diretoria do clube tricolor adotou uma estratégia cautelosa para não passar ao mercado a impressão de estar ‘nadando em dinheiro’ e inflacionar os próximos alvos.
Segundo apurou o ESPN.com.br, Gustavo Vieira de Oliveira, diretor executivo do São Paulo, viajou para Portugal com carta branca do presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, para atender o Porto e fechar a compra de Maicon. Os cartolas que ficaram no Brasil não duvidavam do êxito da empreeitada.
A quantia acertada (5 milhões de euros) já havia sido alcançada pelo clube tricolor e havia até a possibilidade de ampliar, caso o rival não aceitasse receber 50% dos direitos econômicos do zagueiro Lucão e o lateral esquerdo Inácio na troca. A negociação não foi fácil, mas o São Paulo de fato teve êxito e ainda acertou que poderá pagar até mais 1 milhão de euros ao Porto.
Mas a estratégia do clube foi adotar silêncio, evitando que a informação chegada de maneira preliminar ao Porto, o que poderia inflaciaonar a vinda de Maicon e dificultar futuras negociações.
O Porto não tem vivido bons anos no que se refere a conquista de títulos. A cobrança da torcida é forte. Por isso, o clube português mirava inicialmente 12 milhões de euros. Depois abaixou a pedida para 8 milhões de euros.
O São Paulo também não passa por um bom momento financeiro, mesmo assim realizou a segunda maior contratação da história tricolor – atrás apenas da Paulo Henrique Ganso. Mas há ainda outros nomes pedidos pelo técnico Edgardo Bauza, entre eles o de um atacante.
Em abril, o técnico chegou a pedir cinco novos jogadores para o elenco. Até o momento, apenas Ytalo e Christian Cuevas foram contratados.
“Temos só que potencializar com os quatro, cinco de julho. Pedi alguns atletas, mas não sei o que teremos”, comentou.
No começo de junho, o argentino ainda falou em mais “um par” para a Libertadores. A única confirmação foi a permanência de Maicon. Para pagar a contratação em definitivo do zagueiro, o São Paulo terá três anos. O valor de cada parcela não foi divulgado pelo clube do Morumbi.
As maiores contratações do São Paulo:
Paulo Henrique Ganso – quase R$ 24 milhões
Maicon – R$ 22 milhões
Centurión – R$ 12 milhões
Jadson – cerca de R$ 10 milhões
Bruno Cortez – R$ 8 milhões
Rafael Tolói – R$ 7 milhões
Thiago Mendes – R$ 6 milhões