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O grupo de 12 grandes clubes recém-formado para discutir algumas questões do futebol brasileiro já tem duas pautas: aumentar sua influência no STJD e no regulamento de competições da CBF. Isso fez parte das conversas entre diretores jurídicos dos times em reunião na quarta-feira.
Esse grupo surgiu quando os brasileiro começaram a conversar com a Liga Sul-Americana de clubes para discutir a Libertadores. A união com outros times do continente não deu certo, mas os cartolas nacionais criaram um fórum para discutir assuntos em comum. A intenção não é recriar o Clube dos 13: apenas levar à frente demandas das equipes sobre normas e legislação, além de pleitos na Conmebol.
Fazem parte das reuniões e discussões por rede social: Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Santos, Flamengo, Vasco, Fluminense, Botafogo, Cruzeiro, Atlético-MG, Grêmio e Inter. Os clubes já definiram os seus dois representantes indicados para o STJD, José Perdiz de Jesus e João Bosco Luz, o que antes era feito pela CBF.
A próxima pauta é mais delicada: querem discutir a destinação do dinheiro das multas do STJD. Os recursos arrecadados com as multas pagas pelos clubes vão para a CBF que banca os custos do funcionamento do tribunal.
Mas não há uma relação direta entre o dinheiro que entra e o usado para manutenção da corte esportiva. Por isso, os times querem saber qual a destinação da verba. O blog não conseguiu obter o total de valores envolvidos: não está discriminado no balanço da confederação.
Uma segunda pauta é em relação ao Regulamento Geral de Competições da CBF que estabelece todas as diretrizes para os campeonatos da entidade. Atualmente, os times podem dar sugestões para essas regras que são editadas anualmente pela confederação, no final do ano.
Mas os cartolas de clubes gostariam de poder sentar na mesa em conjunto para influir sobre o regulamento, pois assim entendem que teriam mais força. Há essa prerrogativa, por exemplo, em relação ao regulamento do Brasileiro da Série A. Um exemplo da importância dessas regras é que tratam de intervalos de jogos, restrições a propagandas em estádios, procedimentos de seguranças.
A ideia dos clubes é fechar uma posição em relação a esses dois temas e depois levá-los para a CBF.