SãoPaulo.F.C
Érico Leonan
Paulo Henrique Ganso foi chamado para defender a Seleção Brasileira na Copa América Centenário
Por Rubens Chiri
Visivelmente chateado após a derrota do Tricolor para o Figueirense (1 x 0) na noite desta quarta-feira (1º de junho), o Maestro Paulo Henrique Ganso teve uma mistura de sensações assim que a bola parou de rolar no Estádio Orlando Scarpelli: o revés para os catarinenses e a convocação para defender a Seleção Brasileira na Copa Centenário, que será disputada no mês de junho, nos Estados Unidos. O camisa 10 são-paulino foi chamado pelo técnico Dunga para substituir o lesionado Kaká, que acabou cortado.
“Recebi a notícia durante o jantar, e foi uma alegria enorme. Uma pena da maneira que foi, com meu companheiro Kaká que sofreu uma lesão. Respeito muito ele como atleta e profissional. Mas é uma alegria imensa de retornar à Seleção Brasileira. A minha felicidade só não é maior, porque perdemos para o Figueirense e precisávamos de um resultado positivo”, afirmou o armador.
Convocado, o camisa 10 se juntará ao são-paulino Rodrigo Caio, que é capitão da equipe olímpica e foi chamado para integrar o grupo durante a competição sul-americana nos Estados Unidos, e terá a oportunidade de reencontrar o M1TO – auxiliar pontual de Dunga. Vale lembrar que esta é a primeira convocação de Ganso como atleta tricolor. Pelo Santos, seu ex-clube, o armador foi chamado sete vezes e atuou em 11 partidas pela Seleção Brasileira: oito vitórias e duas assistências.
“Depois de quatro anos, estou feliz com a oportunidade de defender a seleção novamente. A última vez foi em 2012. Agora é um recomeço. É o dia a dia. tem que treinar bem, se preparar para o que vai vir, para quando entrar fazer seu melhor. Tem que estar preparado para aproveitar quando surgir a oportunidade de jogar. Quero aproveitar esta oportunidade e tentar ajudar da melhor maneira possível”, acrescentou o meia, que vive grande fase este ano.
De cabeça, no último final de semana, o armador marcou o gol são-paulino que garantiu a vitória no clássico sobre o Palmeiras por 1 a 0, no Morumbi. Ao balançar as redes no Choque-Rei, o meio-campista quebrou um jejum de 16 jogos sem deixar a sua marca. Com sete gols, Ganso é o vice-artilheiro do time no ano, atrás apenas de Jonathan Calleri (12).
A fase goleadora do Maestro, que sempre se destacou pelas assistências, já tem rendido marcas ao meia. Em 2015, Ganso fez três – em 2016 já tem mais do que o dobro. Seu ano mais goleador foi 2014, quando marcou nove vezes. No total, desde a sua chegada em 2012, o camisa 10 já balançou as redes 24 vezes, além de dar 47 assistências – são 216 jogos e 103 vitórias neste período.
E de acordo com o próprio jogador, o trabalho desenvolvido pelo técnico Edgardo Bauza foi fundamental para a sua convocação. “O Patón tem grande parcela na convocação. Não só ajustou nossa equipe, para render bem, como vem me ajudando bastante. Fora de campo me orienta e em campo me posiciona no melhor local para desenvolver meu futebol. Agora é não acomodar para continuar crescendo. Ele conversa bastante comigo e sempre passa orientações”, finalizou.