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O clássico reuniu um time titular que teve suas qualidades funcionando de modo exponencial contra um time misto que teve seus defeitos funcionando de modo exponencial. O resultado foi justo – talvez um pouco estreito – como resultado desta equação.
Vamos usar a lógica. O Santos é melhor que o São Paulo titular. Portanto, é melhor que o São Paulo misto. E o que dizer do São Paulo misto, cujo goleiro titular leva um frango com 45 segundos de jogo?
O gol do Santos mostrou toda a diferença entre os dois times.
1) A bola estava com Ytalo, que não conseguiu segura-la, diante do combate agressivo do Santos. Quantas vezes Arthur e João Schmidt fizeram o mesmo?
2) Houve uma linda inversão de jogada, de um lado para outro. Quantas vezes o São Paulo errou o mesmo tipo de jogada?
3) Matheus Reis permitiu o cruzamento. Mateus Caramelo permitiu a chegada do atacante. Quantas vezes o Santos permitiu uma jogada desse tipo? Nenhuma.
4) Denis engoliu o peru. Quantas boas defesas Vanderlei fez durante o jogo? Todas as necessárias, sem susto.
Com seu gol de contra-ataque, o Santos teve o jogo a seus pés. E como é bom o contra-ataque do Santos!!! Desde Geuvânio e Marquinhos Gabriel, para não ir muito longe.
O segundo gol do Santos deve ser mostrado nas escolinhas de futebol para que os garotos aprendam a marcar. O jogador fica à frente do lateral. Recua para um companheiro e recebe a bola nas costas do lateral, que ali estava estático o tempo todo.
Acabou o jogo ali.
O São Paulo, no segundo tempo, tentou reagir, na base da coragem. Lugano tentou algumas cabeçadas. O menino Luiz Araújo mostrou qualidades, mas o Santos era muito melhor.
Se viesse um gol do São Paulo, seria até possível pensar em um possível empate. Não veio. Demorou. E o que veio foi o olé. Toque toque, tique taque, bola no meio das pernas, falta, belíssimo gol e expulsão do ídolo tricolor.
Foi uma vitória muito boa do Santos. Justa, perfeita. O time alcançou o terceiro lugar e está jogando mais bola que Corinthians, que superou, e Inter, para quem deu sinal de ultrapassagem.
O São Paulo tem a agradecer as derrotas de Palmeiras e do Inter. A diferença para o líder se manteve, em numero de pontos, embora o time tenha caído na tabela.
A impressão que dá é que está pendurado na Libertadores, onde chegou com méritos. O problema é depender de um campeonato só. O que ainda não ocorreu.