Calleri se cobra por mais gols e torce para música virar realidade na semi

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Goleador do Tricolor na temporada, com 15 bolas na rede, atacante se diz autocrítico com gols perdidos, mira artilharia da Libertadores e aprova canção dos são-paulinos

Por Marcelo Hazan– Globo Esporte.Com

Calleri tem 15 gols em 29 jogos. Os números do artilheiro do São Paulo no ano chamam atenção, mas ele se cobra por mais. Principal arma do time contra o Atlético Nacional, nas semifinais da Taça Libertadores, ele se diz autocrítico e lamenta não ter balançado mais as redes em chances desperdiçadas contra São Bernardo, Mogi Mirim e The Strongest.

O argentino se recorda espontaneamente dos 11 jogos de jejum, entre fevereiro e março, e admite o objetivo de ser o goleador da Libertadores. Hoje tem oito, empatado com Marco Rubén (Rosario Central) e Ruben Sosa (antes no Pumas e agora no Tigres), eliminados.

Para atingir o primeiro objetivo, basta uma bola na rede. A primeira chance é nesta quarta-feira, às 21h45, no Morumbi. Seria o primeiro gol pelo Tricolor na fase de mata-mata da Libertadores e reforçaria ainda mais o conhecido grito do “Toca no Calleri que é gol”. Música aprovada pelo atacante, mas que ele prefere deixar para a torcida cantar.

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Eu terei a pressão de sempre: querem que eu faça gols. É o melhor que sei fazer
Calleri, artilheiro do São Paulo, com 15 gols

– Não gosto, isso fica para torcida. Devolvo o carinho com gols. Se não eles fazem os gols e eu canto a canção, fica mais fácil (risos). Mas sou um profissional sério, me concentro no trabalho para o qual me contrataram, e a torcida canta. O conjunto dos dois dá uma motivação extra para seguir ganhando e buscando coisas maiores – disse.

Durante a entrevista exclusiva à TV Globo, Calleri não enxergou maior responsabilidade para si por conta da ausência de Ganso. O camisa 10 tem um estiramento na coxa direita e deve ser substituído por Ytalo. Apesar do peso do desfalque, ele se recorda do duelo com o The Strongest, em La Paz, no qual o meia iniciou no banco, no empate por 1 a 1.

– Todo o time tem de ajudar da sua maneira para vencermos. Cada um na sua posição sabe o que precisa fazer. Creio que Ytalo vai substituí-lo e fará da melhor maneira. Eu terei a pressão de sempre: querem que eu faça gols. É o melhor que sei fazer. Se não acontecer, outro fará, como o Maicon contra o Atlético-MG, Michel Bastos contra o Toluca, enfim, cada um dá seu melhor para vencermos. O camisa 9 sempre tem a responsabilidade de marcar, mas nesses jogos o que define é a inteligência de cada um – disse.

Calleri, do São Paulo, se cobra por mais gols (Foto: Marcelo Hazan)
Calleri: artilheiro da Libertadores (Foto: Marcelo Hazan)

Com contrato até o fim de julho, Calleri admite a iminência de sair do São Paulo após a Libertadores. O próprio Tricolor não conta com sua permanência. Se dependesse de si, diz que gostaria de continuar em caso de título para a disputa do Mundial de Clubes. Mas…

– Há muitos fatores além do São Paulo que não dependem só de um, e sim de um grupo de empresários que adquiriu meus direitos e me colocou aqui por somente 5 meses. Depois, não depende de mim o que acontecerá. Me sinto muito cômodo aqui, mas seria muito difícil que eu possa estar nos próximos seis meses – afirmou.

Antes de iniciar a disputa das semifinais, ele promete se policiar para não errar novamente com novos cartões. Calleri tentará evitar cartões “boludos”, nas suas palavras, ou seja, bobos, como por reclamação e tirar a camisa do time. No ano, recebeu 13 amarelos e foi expulso duas vezes.

Dito tudo isso, então, nesta quarta-feira: toca no Calleri que…?

– Tomara que seja gol! Espero que a canção faça efeito e eu possa jogar para converter ao menos um gol. É o que falta para ser o goleador, mas o melhor que pode acontecer é que todos ajudem como possam, deem seu melhor e quem entrar de titular nos ajude a chegar à final. Gostaria de ser o goleador da Libertadores, ficaria na história, mas o mais importante é passar.

Veja as informações do São Paulo para a partida contra o Atlético Nacional:

Data:
quarta-feira, às 21h45
Local: estádio do Morumbi, em São Paulo
Escalação provável: Denis; Bruno, Maicon, Rodrigo Caio e Mena; Hudson, João Schmidt, Thiago Mendes, Ytalo e Michel Bastos; Calleri.
Desfalques: Kelvin, Ganso, Breno, Wellington e Lucas Fernandes
Arbitragem: Mauro Vigliano (URU), auxiliado por Juan Belatti (URU) e Gustavo Rossi (URU)
Tempo Real: GloboEsporte.com, a partir das 19h