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Luiza Oliveira
Garrafas voando de um lado, bombas e tiros de borracha vindos de outro. Arrastões, roubos, pessoas feridas, gritaria. O Morumbi se transformou em um cenário de guerra após a derrota do São Paulo para o Atlético Nacional-COL pela semifinal da Libertadores, na noite de quarta-feira (06). O pavor tomou conta de torcedores e ambulantes, que chegaram a esconder crianças com medo de elas serem atingidas.
Muita gente ficou no fogo cruzado no meio do confronto entre torcedores organizados e policiais. A ambulante Maria Aparecida Dias, por exemplo, viveu momentos de apreensão ao se ver diante da confusão estava instalada. Quando viu garrafas sendo arremessadas rente ao local onde estava e as bombas estourando, ela largou todos seus produtos e pertences no chão, inclusive a bolsa com documentos e dinheiro, e saiu correndo. Sua maior preocupação era o filho Bruno, de apenas cinco anos.
“Parecia uma guerra. Subi a rua correndo e entrei em uma casa para me esconder com ele. Fora o cheiro da bomba que asfixia a gente, entra queimando tudo”, diz
Ela conseguiu escapar ilesa, mas o filho mais velho acabou atingido por um tiro de borracha nas nádegas. Até a roupa ficou marcada. Outras bombas acertaram a tenda e uma caixa de isopor que a família usa para trabalhar.
“Pelo menos não pegou no menor”, diz ela, aliviada sobre o filho caçula que ficou em choque e chorou muito com a confusão. Passado o susto, os restos de bomba que ainda estavam jogados por ali já haviam se tornado brinquedos.
Silvana Esteves, 44 anos, viveu situação parecida. Ela também trabalha como ambulante na porta do estádio vendendo sanduíche de pernil e cachorro quente. A vendedora relatou que, quando a briga generalizada tomou conta da rua, ela saiu correndo com o filho pequeno e pediu abrigo em uma casa para que ele ficasse protegido.
“Dá medo, a gente sente pavor. Ainda mais que estava com meu filho. Imagina se acontece alguma coisa com ele”, diz ela, que trabalha com o marido Silvano e mais alguns familiares.
Além dos vendedores, torcedores também viveram momentos tensos. Boa parte deles preferiu nem sair do estádio e esperar quase meia hora dentro do Morumbi após o fim do jogo, até o clima se apaziguar. Mas outros já estavam na rua quando o confronto se acirrou e não tiveram a mesma chance. Vários deles ficaram encurralados sem ter para onde ir e decidiram passar correndo em meio ao fogo cruzado, com as mãos para cima em sinal de paz e inocência.
Nem todos escaparam ilesos. Segundo a Polícia Militar, quatro torcedores foram roubados e agredidos pelos vândalos, o que teria desencadeado a reação da PM. Outros dois levaram tiros de borracha. Uma pessoa cortou o pé e ainda houve casos de três aficionados que passaram mal e tiveram crises de pressão baixa. Todos foram atendidos no ambulatório do estádio.
Também de acordo com a Polícia Militar, a confusão começou quando torcedores que não haviam entrado no estádio, vestidos com uniformes de organizadas, começaram a atacar ambulantes e a assaltar e agredir aficionados ‘comuns’. A PM precisou agir para controlar a situação. Foi aí que os vândalos se voltaram contra os policiais arremessando milhares de garrafas de vidro. A PM reagiu armas não letais. No fim do confronto, nove pessoas foram detidas, e ao menos 12 policiais ficaram feridos.
parabéns time do são paulo o que aconteceu depois do jogo seus bando de bosta se fosse presidente ia mandar 80 % desse time embora pra bem longe!!!!!!!!!!!