Pensando na semifinal da Libertadores, o São Paulo entrou em campo na tarde deste domingo com um time quase inteiro reserva – o goleiro Denis foi a exceção. Sofrendo com a falta de entrosamento e uma expulsão polêmica, o time tricolor foi derrotado pela Ponte Preta, por 1 a 0, no Moisés Lucarelli, em Campinas. A partida foi válida pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro. O único gol do duelo foi marcado por Clayson.
Com a vitória, a equipe do interior paulista chegou a 20 pontos e ocupa a 8ª colocação na tabela. Já os são-paulinos seguem com 18 pontos, em 10º lugar.
A partida ficou marcada pela “confusa” expulsão de Matheus Reis, que também culminou na exclusão de Edgardo Bauza. O lateral-esquerdo tricolor fez falta dura em Matheus Jesus. O árbitro Vinícius Furlan mostrou o cartão amarelo. Na sequência, o juiz voltou atrás na decisão e aplicou o vermelho para o atleta são-paulino.
A controversa postura de Furlan revoltou os jogadores e a comissão técnica do São Paulo. O treinador Edgardo Bauza invadiu o gramado para reclamar com o árbitro e também foi expulso ao indicar que ele estava “louco”. O Patón, no entanto, só foi para os vestiários alguns minutos após ser punido pelo juiz. Ele atravessou o campo por dentro e deixou o auxiliar José Di Leo no comando do time.
Com a bola rolando foram poucas as chances criadas no primeiro tempo. Antes da expulsão, a Ponte Preta ameaçou com uma cabeçada de Wellington Paulista por cima do gol, aos quatro minutos. Depois do entrevero, o meio-campista Matheus Jesus acertou um chute de fora da área, aos 20, e exigiu a defesa de Denis.
Eduardo Baptista, ciente de que Matheus Jesus corria riscos de ser expulso, optou por tirá-lo de campo para a entrada de Ravanelli, aos 22 minutos. O São Paulo, que já havia colocado o lateral Carlinhos no lugar do meia-atacante Luiz Araújo, mostrou boa organização defensiva e conteve o ímpeto do rival no restante da etapa inicial. Alan Kardec, aos 35, criou a melhor chance ao carimbar o travessão do goleiro João Carlos.
A Ponte Preta esboçou uma postura diferente no minuto inicial do segundo tempo, quando Renê Júnior finalizou de muito longe e Denis por pouco não aceitou o chute. Aos 12, o ex-são-paulino Reinaldo avançou pela esquerda e cruzou para Wellington Paulista, que concluiu com força e obrigou Denis a espalmar a bola. O rebote, no entanto, sobrou limpo para Clayson tirar do alcance do goleiro tricolor e marcar o gol.
O tento diminuiu ainda mais a qualidade técnica da partida. A Ponte Preta se retraiu no campo defensivo, enquanto o São Paulo não tinha poder de fogo para ameaçar a defesa rival. A apatia levou Di Leo a colocar Calleri no lugar de Caramelo, aos 33 minutos. No primeiro lance no duelo, o argentino levou uma cotovelada no rosto de Fábio Ferreira, mas o árbitro não deu nenhuma advertência ao zagueiro alvinegro – que já tinha o cartão amarelo.
Di Leo tentou aumentar a mobilidade do ataque são-paulino com a entrada de Ytalo no lugar de Centurión, mas o time não produziu nada que pudesse ameaçar João Carlos. Aos 41 minutos, o árbitro encontrou tempo para mais uma atrapalhada e não marcou um pênalti que Wesley cometeu em cima do lateral Reinaldo.
FICHA TÉCNICA:
PONTE PRETA 1 X 0 SÃO PAULO
Local: Estádio Moisés Lucarelli, em Campinas (SP)
Data: 3 de julho de 2016, domingo
Horário: 16 horas (de Brasília)
Árbitro: Vinícius Furlan (SP)
Assistentes: Bruno Salgado Rizo e Fabrício Porfírio de Moura (ambos de SP)
Cartões amarelos: Matheus Jesus, Fábio Ferreira e Renê Júnior (Ponte Preta); Matheus Reis, Wesley e Ytalo (São Paulo)
Cartão vermelho: Matheus Reis (São Paulo)
GOL:
PONTE PRETA: Clayson, aos 12 minutos do segundo tempo
PONTE PRETA: João Carlos; Jeferson, Fábio Ferreira, Douglas Grolli e Reinaldo; João Vitor, Renê Júnior (Thiago Galhardo) e Matheus Jesus (Ravanelli); Wellington Paulista, Clayson e William Pottker (Roger)
Técnico: Eduardo Baptista
SÃO PAULO: Denis; Caramelo (Calleri), Lugano, Lyanco e Matheus Reis; Artur, Wesley e Cueva; Centurión (Ytalo), Luiz Araújo (Carlinhos) e Alan Kardec
Técnico: Edgardo Bauza