Jogar com fé os são-paulinos vão

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UOL

Mauro Beting

Edgardo Bauza escalará só Calleri no ataque do São Paulo

Não lembro, na história do São Paulo, o Tricolor entrar em campo para partida decisiva com tantos problemas de escalação: sem o melhor jogador em 2016 – Ganso; sem o ídolo que ajudou a consertar a zaga – Maicon; sem muita segurança defensiva; sem muita criatividade no meio-campo mais pegador com Hudson, Thiago Mendes e Wesley; com Centurión  – e na função de Ganso…

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Nos últimos 10 anos, poucos times foram tão bons e qualificados como o Atlético Nacional. Enorme favorito para se classificar, grande favorito para ganhar a Libertadores-16.

Poucas vezes se viu tamanha diferença matemática, regulamentar e, também, pelo que aconteceu nos 2 a 0 no Morumbi, técnica entre dois semifinalistas.

Pelo que tem jogado o Nacional, e mais ainda com Guerra em campo, é tão favorito que chega o torcedor colombiano a temer pelo próprio favoritismo.

Mas, no fundo, os verdolagas, e torcedores de outras cores, sabem que as chances do Atlético Nacional só não são maiores exatamente por enfrentar um tricampeão continental e mundial, e dirigido por um treinador bicampeão de Libertadores.

Com todo o respeito a todos os outros clubes brasileiros, mas o São Paulo ainda tem chances hoje, na Colômbia, basicamente por ser o São Paulo.

Só o São Paulo para fazer quase tudo errado em 2015-16 e ainda ir além dos rivais nacionais na Libertadores. Só o São Paulo para negociar e avisar que negociou seu maior craque na véspera da final. Só o São Paulo para pagar por Maicon o valor de Oscar.

E só o São Paulo para, mesmo assim, ainda entrar em campo com chances de eliminar um rival que é melhor, está melhor, tem enorme vantagem conquistada no Morumbi, joga em casa, e tem tudo e mais um pouco para se classificar.

E só não se pode dizer que já está tudo definido por nada, na história, já estar definido antes do apito final. Ainda mais com essa camisa e essa glória.

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