Luís Augusto Simon
Do UOL, em São Paulo
Calleri não está mais. Ganso se foi. Kardec se despediu e voa para a China. Maicon sente saudade dos companheiros, mas não vê nenhuma necessidade de tempo de adaptação para a montagem de um novo time.
“Nenhum dos três jogou contra o Corinthians e nós merecíamos vencer o jogo. Fomos grandes lá e seremos grandes contra o Grêmio também”, disse o zagueiro, que aposta muito em Christian Cueva como um dos condutores do São Paulo no segundo semestre.
Os elogios do troncudo zagueiro ao mirrado peruano são pródigos. “Já enfrentei o Cueva quando ele estava no Toluca. É muito difícil. Ele é um falso lento porque trata bem a bola mas tem um sprint final muito bom. Tem uma grande mobilidade para a esquerda e para a direita. É muito bom”
Ele se entusiasma e chega a cravar que Cueva, apesar das características diferentes, será o substituto de Ganso.
“Ele não tem o último passe do Ganso, não tem aquela qualidade toda, mas compensa carregando a bola com mais velocidade. Será o substituto do Ganso”.
Então, talvez percebendo que estava avançando nas atribuições de Patón, recua um pouco. “Ele ou outro que for escolhido”.
Com a chegada de Chávez e, muito provavelmente, de Buffarini, Maicon vê o São Paulo forte e com chances até de ser campeão, apesar de estar a dez pontos do líder. “Já houve um campeonato que o São Paulo tirou onze pontos e isso pode acontecer de novo. Não vamos abrir mão de nada, não vamos colocar foco na Copa do Brasil, que é mata-mata”.
E, se tudo der certo, a recompensa pessoal pode vir. “Quando cheguei, ninguém acreditava em mim e deu certo. Se continuar dando, posso chegar na seleção sim. Por que não”?