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Ex-auxiliar do São Paulo acredita que jogador não teve oportunidades como Calleri no time titular, e elogia atacante, que será titular contra o América-MG no domingo
Neste próximo domingo, no Morumbi, o atacante Alan Kardec terá mais uma oportunidade de começar como titular do São Paulo. Na verdade, diante do América-MG, pela 14ª rodada do Campeonato Brasileiro, o técnico Edgardo Bauza escolheu mandar a campo um time recheado de reservas, já de olho no confronto de volta com o Atlético Nacional-COL, pelas semifinais da Libertadores. Assim, Kardec poderá melhorar o desempenho na temporada, que tem 32 jogos e apenas dois gols. Milton Cruz, ex-auxiliar técnico do Tricolor paulista, pediu mais oportunidades para o jogador, e acredita que seria um erro se desfazer de Kardec.
– Sobre o Alan Kardec sou suspeito de falar porque na época em que estava em litígio com o Palmeiras, conversei com o Muricy e tentamos trazer, e foi quando deu certo. O Muricy já o conhecia do Santos também e falou muito bem, e acho que precisávamos de um jogador como ele. E o Kardec precisa de confiança, jogar e ter uma sequência de jogos, como teve o Calleri, como poderia ter tido o Kieza, que tem feito gols pelo Vitória. Acho que o Kardec é um bom jogador, mas se você for buscar esse negócio de “scout”, quase não jogou. Mas é um jogador que se você oferecer ao Fluminense e (outros clubes, por exemplo) é um jogador que tem mercado grande. Acho que o Kardec sair e ir para outro time a chance de se dar bem é grande, é um excelente profissional, excelente pessoa, trabalha o dia a dia forte, acho que ele precisava se uma sequência de jogos e uma oportunidade como teve o Calleri. O São Paulo tem um grande jogador, e com a (provável) saída do Calleri acho que o pessoal devia apostar um pouco no Kardec que ele vai dar retorno. É confiança que falta para o jogador.
Alan Kardec foi contratado em abril de 2014 junto ao Benfica, por R$ 14 milhões, quando o atacante estava emprestado ao Palmeiras. Milton Cruz reforçou a importância da confiança do jogador ao citar o caso de Hudson, que teve sequência com ele no comando e se firmou na equipe.
– O Hudson com outros técnicos não estava jogando, mas fui quem indicou e viu o Hudson jogar, como o Muricy, e trouxemos. Quando saiu o Doriva, falei para ele que ia jogar “assim e assim”, e hoje é o capitão e está jogando, um dos melhores jogadores. Mas estava um pouquinho triste. É importante a confiança do treinador e o jogador sentir que você confia nele.
Com Kardec e Hudson entre os titulares no domingo, o São Paulo entra em campo às 16h, para enfrentar o América-MG. Com 18 pontos, a equipe ocupa a décima colocação no Brasileiro. O objetivo principal, porém, acontece na próxima quarta, dia 13, contra o Atlético Nacional, na Colômbia, pela volta da semifinal da Libertadores. O São Paulo precisa da vitória após perder por 2 a 0 em casa.