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Árbitro deixa de marcar pênalti claro para o Tricolor quando jogo ainda estava 1 a 1. Agora, o Atlético Nacional espera o rival da final: Independiente del Valle ou Boca
Acabou o sonho do tetra do São Paulo. Sim, era difícil ir até a final depois de perder por 2 a 0 em casa, mas o Tricolor foi valente em Medellín. Lutou até onde pode com todas as suas limitações. E sai da Libertadores com a sensação de que poderia ter sido diferente – afinal, um pênalti claro não foi marcado para a equipe brasileira quando a partida ainda estava 1 a 1. Por ironia, foi uma penalidade (mão de Carlinhos) que deu a vitória por 2 a 1 aos colombianos.
O Atlético Nacional, agora, espera o adversário das finais dos dias 20 e 27 de julho. Boca Juniors e Independiente del Valle, que venceu o primeiro jogo por 2 a 1 no Equador, decidem a vaga em jogo nesta quinta-feira, em La Bombonera, na Argentina. Ainda sobre o jogo de Medellín, o juiz Patricio Polic se complicou na partida. Não deu pênalti, errou expulsão, usou critérios diferentes…
Ao São Paulo, então, resta o Campeonato Brasileiro. O Tricolor volta a campo no domingo, às 16h, contra o rival Corinthians, em Itaquera, em partida válida pela 15ª rodada.
Primeiro tempo
Um gol com oito minutos de bola rolando. E do São Paulo. A partida começou bem para a equipe tricolor. Michel Bastos acertou bom cruzamento da esquerda, e Calleri, de cabeça, abriu o placar. O argentino, porém, conteve a euforia dos companheiros com um “tranquilo, tranquilo”. Parecia prever que a pedreira Atlético Nacional levaria muito perigo.
Pior do que isso. Aos 15 minutos, Borja, autor dos dois gols na vitória por 2 a 0 no Morumbi, fez o gol de empate, após vacilo da zaga são-paulina, em especial de Lugano. Depois disso, ambos os times tiveram chances de ampliar. O São Paulo teve uma cabeçada de Calleri no travessão e um gol perdido pelo argentino na pequena área. Os colombianos perderam boa chance com Moreno.
No final da primeira etapa, o São Paulo foi prejudicado pela arbitragem. Michel Bastos deu bom passe para Hudson, que se preparava para chutar a gol quando Bocanegra o derrubou na área. Pênalti claro que o árbitro não assinalou. Os jogadores do Tricolor se revoltaram e foram para o vestiário muito irritados. “Eu estava absoluto para fazer o gol”, argumentou Hudson.
Segundo tempo
No retorno para o segundo tempo, nada mais natural do que o São Paulo partir ao ataque. Ainda faltavam dois gols para a classificação. Mas o bom toque de bola do Atlético Nacional assustava. Para tentar surpreender, Bauza colocou Alan Kardec e Luiz Araújo nos lugares de Hudson e do argentino Centurión.
Aos 15 minutos, um lance de tirar o fôlego dos são-paulinos. Borja (sempre ele!) apareceu bem na área, driblou Denis e deixou a bola para Berrio. Sem goleiro, ele bateu e viu Bruno tirar em cima da linha. Ufa! O jogo foi ficando mais morno com o tempo. A boa troca de passes era a arma dos colombianos para esfriar a partida.
E o São Paulo, sem conseguir finalizar na segunda etapa, sofria com a distância do gol. Para piorar, o Atlético Nacional chegou ao segundo gol aos 32 minutos, em pênalti cobrado por Borja. O árbitro marcou mão de Carlinhos. Durante a comemoração dos colombianos, uma confusão. Lugano e Wesley foram expulsos, ambos por reclamação.
Antes dessa definição, o árbitro expulso de maneira equivocada Michel Bastos. Depois corrigiu dando vermelho para Wesley. E Lugano, que já tinha amarelo, foi retirado por ter batido palmas após o pênalti. A alegação do uruguaio é que estava batendo palmas para incentiva o time. No retorno da bola rolando, nada mudou, e o Atlético Nacional está na final da Libertadores.