O promotor de Justiça, Paulo Castilho, do Ministério Público de São Paulo, fez uma mea culpa em entrevista coletiva sobre o cenário de guerra registrado ao fim do confronto de ida entre São Paulo e Atlético Nacional-COL, pelas semifinais da Libertadores, na última quarta-feira, com garrafas voando de um lado, bombas e tiros de borracha vindos de outro.
Entre as falhas dos órgãos de segurança, ele indicou a presença de barracas irregulares de venda de garrafas de vidro nos arredores da casa tricolor.
“O que aconteceu ontem foi uma situação em que realmente eles (organizada) vão nos testar: ‘está vendo? Não adianta torcida única por que a gente briga do mesmo jeito’. Estava no prognóstico que ia acontecer. Já haviam ventilado essa situação. Temos que aprimorar nosso mecanismo de fiscalização. Podemos fazer mea culpa porque foi uma falha nesse sentido”, disse Castilho.
“Detectamos outra grande falha no Morumbi, em que se deveria ter proibído barraquinhas irregulares, que vendem cerveja em garrafa de vidro. Impressionante a quantidade de vidro que vimos. Estão todos cientes de como devemos atuar nos próximos casos”, prosseguiu.
“Houve uma falha da segurança municipal. Já estamos todos engrenados de como devemos atuar. Já instauramos inquéritos, e alguns já foram identificados. Vamos pedir o afastamento”, completou.
A briga no Morumbi aconteceu em frente aos portões 4, 5 e 6 do Morumbi e prosseguiu até a Praça Roberto Gomes Pedrosa. Três torcedores foram atendidos no ambulatório do local e depois acabaram liberados.
Na última semana, o promotor já havia deixado claro a sua preocupação com o entorno de outro estádio, o Allianz Parque, que recebe jogos dos Palmeiras.
“Torcida única é um tema e o que aconteceu ontem no Morumbi é outra situação”, finalizou.