Todo torcedor que se preze e que entenda o mínimo de futebol sabe o quanto esses seis meses foram importantes para o São Paulo. De um time desacreditado, desmontado, sem ambições, fomos até a semifinal da Libertadores. E não foi um caminho fácil.
Começamos tropeçando em casa, passando sufoco na Argentina e empatando contra o mais fraco do grupo. Mas aí alguma coisa aconteceu. Peças como o Kieza foram saindo, o grupo foi se fechando e as coisas foram acontecendo. O espírito de união, raça, dedicação e luta são os legados desse campeonato para nós, para os atletas e para o São Paulo.
Morremos na Colômbia, afinal, buscávamos um milagre. Mas contra os 14 jogadores do time verde e branco nós não conseguimos passar. Se aquele pênalti é marcado…..Mas tudo bem, não é o momento de remoer a eliminação e nem de apontar o dedo na cara de ninguém. Isso que torna tudo ainda mais especial: não existem culpados.
Precisamos agora pensar na frente. Reforços de qualidade, jogadores comprometidos que não fazem bico (ouviu, Rogério?) e respaldo ao Patón. O planejamento precisa seguir, mas não podemos perder mais oportunidades, afinal, se o setor de scout trabalhasse de maneira correta, o Borja estaria no nosso elenco e não no Atlético Nacional.
Não adianta querer trazer o Gilberto e achar que ele vai ser a solução para os problemas de ataque que vamos ter agora. Não adianta botar toda a responsabilidade no Cueva para substituir o Ganso. É preciso mais. É necessário dar uma chance para Lyanco e Luiz Araújo e complementar com outros jogadores.
Precisamos de caras com um nível técnico bom. Precisamos formar um elenco que esteja disposto a dar a vida pelo São Paulo. Que esteja disposto a fazer de cada jogo do campeonato brasileiro, uma semifinal de Libertadores. Agora precisamos buscar um lugar no G4 e, quem sabe, com um time consistente, o título. São sete pontos que nos distanciam do líder Palmeiras. Já descontamos 11, então e preciso acreditar!
Estou fechado com o Patón, com esse elenco e com a diretoria. Erraram algumas vezes? Erraram, mas quando a torcida pediu pelo Maicon, eles deram um jeito. A torcida pediu raça e dedicação, trouxeram um técnico que nos deu isso. A torcida pediu que deixassem o sangue em campo, o time deixou.
Vamos apoiar, encher mais os estádios, incentivar mais e carregar esse time no colo.
Como sempre, somos nós contra todos!
Força, Tricolor!
Contato?
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Abrahão de Oliveira é jornalista, formado pela Universidade Metodista de São Paulo, dono da @spinfoco, são-paulino e tem o sonho de cobrir um mundial de clubes com o clube do coração.
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