5 jogadores que foram além por seus clubes

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Embora exista quem defenda firmemente que não existe mais espaço para lealdade e paixão no profissionalismo do esporte de alto nível, isto não chega a ser uma verdade completa.

Apesar da ganância ser a grande norteadora da maioria dos boleiros, é sempre bom lembrar que existem exemplos de atletas que ainda valorizam suas origens – e estão dispostos a ceder muito em nome da paixão.

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Separamos nesta lista 5 exemplos de profissionais que foram além por seus clubes.


Juninho Pernambucano

Juninho Pernambucano of Brazil's Vasco d

Comprometimento. Esta é a palavra que melhor define Juninho Pernambucano e sua dedicação às equipes que defendeu em sua carreira. Não é a toa que o meio-campista é ídolo no Sport, onde começou a carreira, e uma espécie de semi-deus no Lyon e no Vasco, clubes onde conquistou seus maiores títulos como atleta.

O retorno ao cruz-maltino foi particularmente especial. Depois de uma passagem pelo futebol árabe, aceitou voltar ao Rio de Janeiro recebendo um salário mínimo. Tudo para ter novamente a cruz-de-malta em seu peito, dez anos depois de ter deixado São Januário em conflito com a diretoria.


Sergio Kun Agüero

Sergio Agüero Independiente

E o que dizer de um jogador que se dispõe a tirar dinheiro do próprio bolso para ajudar o clube de coração? Lá se vão dez anos que Agüero deixou o Independiente, mas o jogador jamais deixa o clube de Avellaneda em segundo plano.

Além de ter ajudado a pagar a reforma do estádio Libertadores da América com sua venda para o Atlético de Madrid, Agüero se juntou ao zagueiro Gabriel Milito e custeou um novo centro de treinamentos para os Rojos. Temporadas atrás, quando o clube estava na segunda divisão, o atacante também se ofereceu para bancar a contratação de reforços.

Um misto de ídolo e mecenas. Caso raro.


Marcos

Goalkeeper Marcos, of Brazil's Palmeiras

No Palmeiras, o goleiro Marcos Roberto Silveira Reis é São Marcos. A santificação é resultado é 20 anos de dedicação ao Verdão, com alguns episódios que ficaram eternizados na mente do torcedor alviverde.

Em 2003, o arqueiro vivia seu auge técnico e recebeu a grande proposta de sua vida: uma transferência para o Arsenal, então campeão inglês. Todavia, algo não parecia certo naquele negócio. O Palmeiras havia acabado de ser rebaixado e o goleiro não queria deixar o clube desta forma. Marcos ouviu seu coração, ficou no Verdão e tornou-se uma lenda viva no Palestra.

Marcos era capaz de decidir grandes jogos e de cometer falhas bisonhas na partida seguinte. É o mais humano dos santos. Um santo do futebol.


Robinho

Santos v Cruzeiro - Copa do Brasil 2014

No Santos, Robinho jogou o que não jogou em nenhum outro clube. Cria da Vila Bemiro e extremamente identificado com o torcedor santista, o Rei das Pedaladas se indispôs algumas vezes na carreira para retornar para o Peixe – e sempre para ser campeão. O camisa 7 tem dois títulos de Brasileirão, uma Copa do Brasil e dois Campeonatos Paulistas pelo alvinegro praiano.

Mas algo na relação azedou durante o último ano. Na metade de 2015, seu empréstimo com o Santos não foi renovado e Robinho embarcou para a China, onde ficou apenas seis meses. Após a rescisão com o clube asiático, contudo, todos esperavam um novo retorno para Santos. Não foi o que aconteceu. O atacante acertou com o Atlético-MG e hoje é persona non grata na Vila Belmiro.


Rogério Ceni

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É impossível classificar a relação do goleiro Rogério Ceni com o São Paulo. O M1TO não é somente o jogador que mais vezes defendeu a camisa tricolor ou o atleta mais vitorioso da história do clube. Rogério Ceni personifica o São Paulo.

O goleiro foi muito além da linha do profissionalismo. Em cada um dos dias de seus 25 anos no tricolor do Morumbi, Rogério se doou em absoluto para a instituição – e por isso jamais será esquecido.