André Jardine não sabe até quando comandará o São Paulo, mas tem trabalhado como se já fosse o técnico efetivo da equipe e não descarta novas mudanças para seu segundo desafio a frente do time principal. Depois de mexer na formação de Edgardo Bauza logo em sua estreia e, assim, levar o Tricolor à vitória em Pernambuco, agora o interino vive o dilema de manter sua ideia, resgatar a escalação favorita de Patón ou fazer novos experimentos neste domingo, contra o Botafogo, no Morumbi, pela 20ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Nesta quinta-feira à tarde, a tendência é que André Jardine comece a esboçar seus planos no gramado do CT da Barra Funda. Em conversa informal com os jornalistas, o treinador admitiu que tem algumas dúvidas e vai testar todas as possibilidades antes de definir a postura tática e quem iniciará o primeiro confronto do segundo turno.
No último domingo, João Schimidt entrou no lugar de Michel Bastos, preservado da partida por orientação do departamento médico. Assim, o São Paulo abdicou de ter dois pontas abertos e um homem centralizado, como gostava Bauza, para liberar mais os homens de meio de campo e fixar os dois atacantes no setor. Na zaga, Lyanco se mostrou seguro na vaga de Diego Lugano.
Agora, Lugano e Michel Bastos estão de volta e André Jardine pode acabar dando uma nova oportunidade ao sistema implantado durante a fase de mata-mata da Copa Libertadores da América. Dentro desse dilema, Lugano é o que corre menos risco, já que Michel Bastos vem de uma sequência de atuações individuais apagada.
Correndo por fora está Luiz Araújo. Apesar de jovem, o meia-atacante já caiu nas graças da torcida e costuma se destacar sempre que entra durante os jogos. No Arruda, Luiz mais uma vez foi a campo na segunda etapa e não decepcionou. Ex-técnico do sub-19 e sub-20 do São Paulo, Jardine conhece bem seu atleta e não descarta dar uma oportunidade entre os titulares ao garoto.
Independente da formação tática e da escalação, o que o torcedor são-paulino quer mesmo é voltar a saborear uma vitória no Morumbi. Desde 10 de julho, quando bateu o Américo-MG, o Tricolor não venceu mais diante de seus torcedores. Em 27 pontos disputados no estádio Cícero Pompeu de Toleto, o São Paulo deixou de somar 13, graças a três derrotas e mais dois empates, o que explica a 9ª posição na tabela de classificação, a nove pontos do G4 e a seis da zona de rebaixamento.