A derrota do São Paulo para o Juventude, na última quarta-feira, pelas oitavas de final da Copa do Brasil, e a 11ª colocação na tabela do Campeonato Brasileiro trouxeram preocupação ao conselheiro Marco Aurélio Cunha.
Na manhã desta sexta-feira, o coordenador de futebol feminino da CBF e ex-dirigente do Tricolor visitou o CT da Barra Funda para dar apoio, autorizado pelo presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco. Ele conversou com atletas, comissão técnica e integrantes do departamento de futebol.
– Eu vim aqui como são-paulino, nem como conselheiro. Acho que agora as coisas vão mudar. Não por mim, mas pela atitude que a diretoria tomou (houve uma reunião na última quinta-feira), pelos jogadores. Eu tenho muita confiança nesses líderes e eles vão mostrar aos mais jovens que precisam estar todos unidos para passar por esse momento desconfortável – disse.
Marco Aurélio afirmou que o São Paulo precisa “tirar os cansados” do elenco, para poder trabalhar o restante do ano e voltar com força em 2017.
– (O cansado) é o cara que talvez não tenha vontade de fazer o esforço maior. O futebol hoje é coletivo, não dá para ninguém resolver tudo sozinho. O jogador que acha que vai resolver sozinho não está mais ligado ao futebol moderno. Não dá mais para existir o jogo lento, demorar para recompor. Não dá para ser bom só tecnicamente, tem que ser aplicado na parte tática.
O conselheiro também fez questão de ressaltar que o Tricolor não vive uma crise, mas sim um momento de incômodo.
– Estamos em 11º lugar. É ruim pro São Paulo, mas não é o caos. O time está numa posição incômoda. Temos que sair dela o mais rápido possível. Como? Com os jogadores tendo atitude, reconhecendo seus erros, com a comissão técnica exigindo dentro do normal, a diretoria fazendo a cobrança que eu soube que fez, e o jogador respondendo. Nós temos que ter um ar melhor aqui – encerrou.
Atrás de uma vitória para mudar o ambiente, o São Paulo volta a campo neste domingo, no Morumbi, às 16h, contra o Coritiba. Antes, no sábado, a torcida promete fazer um protesto em frente ao CT da Barra Funda durante treino fechado para a imprensa no local.