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Centros de treinamento dos rivais são divididos por um muro de cerca de dois metros de altura que ficará maior com a obra tocada pelo Palmeiras
(Foto: Tossiro Neto)
Inaugurados com três anos de diferença, os centros de treinamento de Palmeiras e São Paulo não poderão mais ser vistos um do outro. Depois de mais de duas décadas, o muro da Academia de Futebol está sendo aumentado para não haver mais possibilidade de ligação com o vizinho.
A história do muro é antiga e, além de brincadeiras entre os rivais, há também casos de espionagem de verdade. Desde 1991, quando o Palmeiras abriu sua nova sede para o time de futebol, é mais fácil para o lado alviverde espiar do que o contrário, pois seu terreno é mais elevado do que o do CT são-paulino, inaugurado em 1988.
Além disso, quem está no São Paulo praticamente só consegue ver o estacionamento palmeirense, já que os campos ficam mais afastados.
Mesmo assim, há diversos episódios dos dois lados. Os mais divertidos têm como protagonistas Luiz Felipe Scolari (técnico com duas passagens pelo Palmeiras) e Milton Cruz (membro da comissão técnica do São Paulo por mais de 20 anos). Os dois costumavam se falar e espionar um ao outro através do muro.
Milton Cruz chegou a ser flagrado por um fotógrafo na véspera de um clássico entre os dois times. A imagem foi publicada na edição do dia seguinte e irritou Felipão. Mas o ex-treinador da seleção brasileira também bisbilhotou os treinamentos adversários.
Com a obra feita pelo Palmeiras, isso não será mais possível. Em reforma, o novo muro da Academia de Futebol encobrirá definitivamente a visão dos dois lados, impedindo espiadas tanto dos dois times quanto dos profissionais da imprensa.
Material que está sendo utilizado na construção do muro da Academia de Futebol (Foto: Tossiro Neto)
