Por que o São Paulo prefere não colocar Pintado como treinador interino

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Danilo Lavieri
Do UOL, em São Paulo

  • Rubens Chiri/saopaulofc.net

A ideia da diretoria do São Paulo não é usar Pintado como a primeira alternativa no lugar de Edgardo Bauza, que anunciou na última segunda-feira (1) que treinará a seleção argentina.

O nome do auxiliar técnico foi dado como o mais cotado para assumir o cargo enquanto um nome não fosse contratado, assim como era no caso de Milton Cruz. Desta vez, no entanto, a análise é diferente.

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Apesar de não descartar completamente, o clube entende que Pintado conquistou um espaço importante de interlocução com jogadores, diretoria e comissão, sendo fundamental para o vestiário fluir bem. Há um receio que o auxiliar entre em uma rota de desgaste natural com o elenco caso precise ficar à beira do campo.

Ainda na avaliação são-paulina, após esse eventual desgaste, seria difícil retorná-lo a essa função anterior, extremamente importante para o departamento.

Bauza é esperado na Argentina na próxima sexta-feira (5). Por isso, o time ainda não descarta que o argentino faça uma despedida do comando na próxima quinta-feira, quando o time enfrenta o Atlético-MG. Outra possibilidade é que José Di Leo, auxiliar de Bauza, fique com a equipe.

Tudo deve ser definido ainda nesta terça-feira. Bauza fará uma reunião com os diretores do São Paulo para acertar os últimos detalhes de sua saída. Caso ele opte por não ficar e seu auxiliar não aceite comandar a equipe na quinta, a diretoria estuda usar um técnico das suas categorias de base.

Bauza chegou ao futebol brasileiro em janeiro de 2016 e comandou o São Paulo em 48 partidas. Foram 18 vitórias, 13 empates e 17 derrotas, um aproveitamento de aproximadamente 46,5%.