Ricardo Gomes chega para melhorar ataque, mas defesa ainda preocupa

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  • Média de gols sofridos do SP aumentou neste ano em relação a 2015

    Média de gols sofridos do SP aumentou neste ano em relação a 2015

Assim que a saída de Edgardo Bauza foi confirmada, o São Paulo apontou como objetivo do interino André Jardine e, agora, de Ricardo Gomes a necessidade de melhorar o poder ofensivo do time. Afinal, marcar um gol por jogo, como acontece neste Campeonato Brasileiro, só tem agravado a má fase. O problema é que o foco não poderá ficar exclusivamente no sistema ofensivo do Tricolor.

Uma das virtudes mais celebradas pelo clube ao contratar Patón era o trabalho defensivo. O argentino variou a dupla de zaga e reforçou a marcação no meio, mas não conseguiu melhorar a média de gols sofridos que tanto criticou quando chegou, no fim de 2015.

No ano passado, o clube levou 73 tentos em 71 partidas, com média de 1,02. Nesta temporada, o número sobe para 1,05 – 54 gols em 51 partidas, sendo 52 em 49 duelos ainda sob o comando de Bauza (1,06).

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Em sua primeira passagem pelo São Paulo, Ricardo Gomes não fugiu muito dessas marcas e terminou com 1,05 gol sofrido por confronto. Mas o técnico tem dois feitos que valorizam seu trabalho defensivo. No Campeonato Brasileiro de 2009, levou 35 gols em 31 partidas e terminou como o time menos vazado da competição. Já na Copa Libertadores da América do ano seguinte, a marca foi ainda melhor.

Com quatro gols sofridos em 12 partidas – média de 0,3 -, igualou as melhores defesas da história do torneio e o recorde que pertencia ao Boca Juniors de oito jogos consecutivos sem levar gols: da estreia contra o Once Caldas (COL), quando perdeu por 2 a 1, até a primeira semifinal contra o Internacional (1 a 0), justamente o rival de domingo, às 16h no Beira-Rio.

Arrumar a defesa que sofreu 21 gols em 20 partidas – e só marcou 21 vezes também – certamente reduzirá a pressão na equipe, 12ª colocada e cada vez mais longe do G4.

ERA ILUSÃO

Diante da missão de melhorar a defesa, Bauza apresentou início promissor, sem sofrer gols em seis dos primeiros dez jogos. Aos poucos, porém, o Tricolor voltou falhar e, com 20 jogos, só havia aumentado o número para sete. Na marca de 30 duelos, novo crescimento: mais cinco atuações sem levar gols.

Até sair, com 49 jogos, Patón só conseguiu não ser vazado mais quatro vezes, totalizando 16 partidas – 30% das atuações. Em 2015, ano em que a defesa foi mais contestada, inclusive pelo treinador argentino em sua chegada, a marca de jogos sem sofrer gols foi de 40%: 30 em 71 exibições.